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Banca de QUALIFICAÇÃO: GUILHERME GUARINO DE MOURA SA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GUILHERME GUARINO DE MOURA SA
DATA: 01/11/2016
HORA: 15:00
LOCAL: Auditório PPGEnf
TÍTULO: QUEDAS E CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS INTERNADOS EM HOSPITAL DE URGÊNCIA: ESTUDO DE SEGUIMENTO
PALAVRAS-CHAVES: Idoso. Acidentes por queda. Incapacidade funcional. Atividades cotidianas.
PÁGINAS: 119
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:

As quedas representam uma das principais causas de internação de idosos nos serviços de emergência, e tem como principal consequência o comprometimento da independência funcional. Estudo longitudinal, descritivo que objetivou avaliar a capacidade funcional de idosos vítimas de queda internados em serviço hospitalar de urgência. Participaram da pesquisa 151 idosos, internados em um hospital, referência no atendimento de urgência, da cidade de Teresina. Os participantes foram entrevistados para caracterização demográfica, econômica e clínica e aplicação da Medida de Independência Funcional (MIF). A capacidade funcional foi avaliada antes da queda (recordatório), na internação hospitalar e 30 dias após a alta, no domicílio. Os dados foram analisados por meio do programa Statistical Package for the Social Sciences – SPSS, sendo realizadas análises estatísticas descritivas e inferenciais. Foram utilizados coeficientes de correlação, teste T, Mann-Whitney, ANOVA e Kruskall-Wallis. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí. Do total, 81,5% eram do sexo feminino, com idade média de 75,1 anos e 64,9% idosos mais jovens; 73,5% não eram alfabetizados; 44,4% referiram ser casados/união estável e 41,1% viúvos; 78,1% moravam com duas ou mais pessoas; 87,8% tinham aposentadoria e 86,8% viviam com mais de um salário mínimo. Foi encontrado déficit cognitivo em 26,5% dos idosos; 90,1% não eram etilistas e 92,7% não tabagista; 48,3% referiram ter de duas a três doenças e 41,1% tomavam de dois a três medicamentos; 57,6% praticavam automedicação; 60,3% dos idosos utilizavam algum recurso auxiliar para andar ou enxergar melhor antes de cair; apenas 19,2% praticavam exercício físico antes da queda e nenhum voltou a praticar 30 dias após a alta hospitalar. As principais doenças referidas foram a hipertensão arterial (67,5%), problemas de coluna (34,4%), osteoporose (32,5%), problemas de visão (31,1%) e diabetes (26,5%). Dos participantes, 75,9 % faziam uso de anti-hipertensivos e 53,9% de antiinflamatórios/analgésicos. As principais lesões foram as fraturas da extremidade distal do rádio (25,8%), do colo do fêmur (23,2%) e as pertrocanterianas (19,2%). O tempo médio de permanência hospitalar foi de 7,46 dias e 97,3% dos idosos realizaram cirurgia com fixação interna. Quanto a capacidade funcional: ao comparar os valores da MIF antes da queda e no domicílio, houve importante diminuição do número de idosos independentes, que passou de 77,5% para 17,2%; neste seguimento os idosos não tiveram sua capacidade funcional totalmente reabilitada, sendo mais afetado o domínio motor, com perda da capacidade de realizar, principalmente, as atividades de autocuidado e mobilidade. Tiveram associação estatisticamente significativa com a dependência funcional: ser do sexo feminino, idoso mais velho, não ser alfabetizado, viúvo, ter maior número de doenças, tomar muitos medicamentos, não praticar exercício físico, ter déficit cognitivo, maior tempo no chão após cair, maior tempo para atendimento hospitalar e maior tempo de internação. Tiveram relação com a independência funcional: ser etilista, tabagista e praticar automedicação.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2334938 - ANA MARIA RIBEIRO DOS SANTOS
Interno - 1792859 - ELAINE MARIA LEITE RANGEL ANDRADE
Interno - 423632 - MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
Externo à Instituição - ROSALINA APARECIDA PARTEZANI RODRIGUES - USP
Notícia cadastrada em: 20/10/2016 09:12
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