Os pacientes críticos estão sujeitos a uma maior quantidade de eventos adversos devido a gravidade de seu estado de saúde e frequência de intervenções invasivas repetidas por profissionais diferentes. Além que o processo de troca de informação entre a equipe multidisciplinar sofre interferências por barreiras que prejudicam o cuidado seguro. No entanto, rounds a beira leito realizados por intensivistas podem melhorar os desfechos. Assim, o objeto deste estudo foi A efetividade do checklist para visita multiprofissional. Dessa forma, objetivou-se Analisar a efetividade de checklist na visita multiprofissional para melhoria dos indicadores de Segurança do Paciente crítico. Trata-se de um estudo quase experimental. O campo de estudo foi composto por uma UTI de um hospital universitário no estado do Piauí, Brasil. Este estudo contemplou 91 profissionais e 233 pacientes internados na UTI entre os meses de julho a dezembro de 2018. A coleta de dados ocorreu mediante o preenchimento das listas de verificações durante as visitas multiprofissionais, do questionário intitulado Pesquisa sobre Segurança do Paciente em Hospitais, questionário sobre opinião do uso do checklist pelos profissionais e coleta pela pesquisadora dos dados clínicos dos pacientes. Os dados foram analisados com auxílio do Software Hospital Survey Excel Tool 1.8 por meio de análise estatística descritiva e software Statistical Package for the Social Sciences com análise descritiva e ainda aplicado o teste de Qui-Quadrado e t de Student, respectivamente. Para todos os testes estatísticos aplicados o nível de significância foi de 5%. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí com certificado de apresentação para apreciação ética número 95774418.7.0000.5214. A partir das análises quanto aos profissionais, a maioria avaliou a cultura de segurança como regular e que não relatou nenhuma notificação nos últimos 12 meses. Caracterizou-se como dimensões de cultura de segurança fortes expectativas e ações do gestor/ promoção da segurança do paciente pela gestão, e como dimensões frágeis ou com oportunidade de melhoria, suporte e gerenciamento para segurança do paciente, percepções gerais da segurança do paciente, frequência de eventos relatados, trabalho em equipe entre as unidades, transferências e passagem e plantão e resposta não punitiva ao erro. No que diz respeito ao preenchimento dos checklists, os planos terapêuticos não obtiveram 50% de preenchimento, o que sugere pouco registro por parte dos profissionais. Sobre a opinião do uso do checklist, os profissionais afirmaram que a visita aumentou a compreensão sobre o quadro clínico apresentado pelo paciente e contribuiu de forma positiva na comunicação e para aumentar segurança do paciente na UTI. Porém, que as visitas guiadas pelo checklist despendiam de um temo prolongado e que muitos não preencheram efetivamente os campos destinados, sendo sugerido alteração da dinâmica adotada. Quanto aos pacientes, não foi evidenciado diferença estatística entre as características clínicas com o grupo comparação e o grupo intervenção. E houve diminuição da incidência de indicadores que podem sugerir o aumento de medidas profiláticas, no entanto, não houve redução da taxa de mortalidade e tempo médio internação.