Introdução: Nos últimos anos, os profissionais de saúde de todo o mundo têm enfrentado o sério desafio do surgimento e disseminação de Staphylococcus aureus Resistente à Meticilina (MRSA), patógeno nosocomial que causa morbidade e mortalidade graves em todo o mundo, reduz as alternativas terapêuticas e eleva os custos assistenciais. Objetivo: Avaliar a colonização por Staphylococcus aureus resistente à meticilina em profissionais de enfermagem e sua adesão às precauções padrão. Método: Estudo transversal analítico, realizado no período de março de 2019 a dezembro de 2020, em um hospital estadual público localizado na cidade de Picos, no Estado do Piauí. A população do estudo foi todos enfermeiros atuantes na unidade hospitalar (81); com aplicação de amostragem censitária. As variáveis do estudo compreenderam dados socioeconômicos, clínicos, profissionais e adesão às precauções padrão, além de informações sobre a colonização por MRSA; sendo que a coleta de dados aconteceu no próprio ambiente laboral e a análise da amostra de secreção, em laboratório terceirizado. A análise de dados envolveu estatística descritiva e inferencial, com execução através do software IBM SPSS. O projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, obtendo aprovação através do CAAE Nº 20506119.6.0000.5214 e cumpriu as diretrizes da Resolução 466/2012 e complementares do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: Participaram deste estudo 70 enfermeiros, dos quais 2,9% apresentaram Staphylococcus aureus resistente à meticilina no vestíbulo nasal e a adesão às precauções padrão foi classificada como intermediária (3,61 ± 0,35), aferindo o escore global do instrumento aplicado. A presença de MRSA entre os enfermeiros não foi associada estatisticamente com a adesão às PP. Conclusão: Torna-se importante que mais investigações sobre a temática sejam conduzidas, tendo em vista a necessidade de identificar a colonização por MRSA entre profissionais de saúde e adotar as devidas medidas de controle das infecções. No âmbito da gestão das instituições de saúde, programas de vigilância ativa são uma importante estratégia para detecção de casos assintomáticos e contribuição no rompimento da cadeia de transmissão das IRAS.