Introdução: O estresse ocupacional compreende um fenômeno universal, complexo, multidimensional e impactante, configura-se como o resultado da incapacidade em corresponder às expectativas do trabalho, seja nos aspectos da organização, da gestão, das condições ou das relações interpessoais. Caracteriza-se por um conjunto de manifestações e danos resultantes das demandas, das expectativas e dos processos de trabalho capazes de comprometer o bem-estar físico, psíquico e social, e manifestar medo, angústia, estigma, isolamento e comportamentos de risco, na maioria das pessoas desencadeiam ansiedade e depressão, manifestado por tristeza, perda de interesse e prazer, sentimento de culpa, baixa autoestima e perturbações do sono, dentre outros sinais e sintomas. Assim, dentre as estratégias de suporte e apoio profissional, estão as práticas e os programas baseados em Mindfulness, que auxiliam na redução dos indicadores de estresse, ansiedade e depressão. Os enfermeiros que atuam/atuaram no enfrentamento da Covid-19 constituem um grupo de alto risco tanto para contaminação, quanto para níveis elevados de estresse, ansiedade e depressão, assim como os seus efeitos na promoção da saúde mental devem ser considerados e amplamente investigados. Objetivo: Analisar os efeitos da prática de Mindfulness para redução de estresse, ansiedade e depressão em enfermeiros no ambiente hospitalar em tempos da pandemia da Covid-19. Método: Trata-se de um estudo quase-experimental, com avaliação antes e depois da intervenção de um único grupo, desenvolvido em Hospital Universitário de Teresina – PI, será realizado, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. A população será composta por 44 enfermeiros. Será empregada estatística descritiva e variabilidade para análise exploratória das variáveis sociodemográficas e de condições de trabalho e saúde. Haverá aplicação do teste de Kolmogorov-Smirnov para verificação da normalidade dos dados, o teste t de student ou alternativas não paramétricas para comparação entre as variáveis quantitativas, os testes Mann-Whitney, Kruskal-Wallis, Exato de Fischer ou Qui-quadrado de Pearson para identificação dos fatores associados, preditores e determinantes do nível de estresse, ansiedade e depressão. Para todas as análises serão consideradas o nível de significância de 5% (p<0,05) e intervalo de confiança de 95%.