CONHECIMENTOS E PRÁTICAS SOBRE CONSERVAÇÃO DE IMUNOBIOLÓGICOS ADOTADOS POR PROFISSIONAIS EM SALA DE VACINA
Conhecimento. Prática. Vacina. Enfermagem.
INTRODUÇÃO: A vacinação representa, indubitavelmente, um dos grandes avanços
da tecnologia médica nas últimas décadas e constitui uma das mais favoráveis
medidas de intervenção em saúde pública, de modo que a enfermagem
desempenha papel fundamental na sala de vacina necessitando de conhecimento
para desenvolvimento dessa prática com qualidade. OBJETIVO: Analisar
conhecimentos e práticas sobre conservação de imunobiológicos adotados por
profissionais em sala de vacina. METODOLOGIA: Estudo descritivo, transversal,
realizado nas salas de vacina de Teresina no ano de 2013, totalizando 73 salas e
200 profissionais. Realizaram-se análises descritivas das variáveis numéricas, com
cálculo de média, desvio padrão, frequência absoluta (n) e relativa (%). Em relação
as medidas de associação da amostra, foram aplicados testes não paramétricos de
Kruskal-Wallis e Man- Whitney e para variáveis categóricas, os testes Qui-
quadrado, exato de fisher e Odds Ratio. O nível de significância foi fixado em p≤0,05. RESULTADOS: Observou-se que 18,5% da amostra não havia sido treinada
e que apenas 47% referiram exclusividade das funções em sala de vacina, 21,9%
das salas encontravam-se com condições de higiene precária. Quando questionados
sobre os imunobiológicos que poderiam ser expostos a temperaturas negativas,
100% da amostra cometeu algum erro. Resultado insatisfatório também foi
encontrado em relação a utilização dos imunobiológicos após abertura do frasco. A
prática e o conhecimento estiveram inadequados em 65% e 57%, respectivamente.
Constatou-se associação estatisticamente significativa do tempo de serviço em sala
e o tempo decorrido do último treinamento com o conhecimento. Os técnicos de
enfermagem apresentaram 4,8 mais chances de ter conhecimento regular (OR=4,8 )
e 6,4 (OR-6,4) de ter conhecimento adequado, quando comparado com os
enfermeiros. CONCLUSÃO: Nesta perspectiva, acredita-se que o enfermeiro precisa
refletir melhor sobre a sua prática, frisando-se a urgência desse profissional retomar
a responsabilidade/liderança da sala de vacina, por meio de supervisões,
acompanhamento e avaliação das atividades nelas realizadas. Entende-se que
gestores dos serviços de saúde e Conselho de Enfermagem precisam estar cientes
desta situação e proporcionem meios que possam modificar essa realidade.