Introdução: A automedicação é o comportamento de adquirir e consumir medicamentos sem prescrição ou controle médico por iniciativa própria. Quando realizado no período gestacional, leva a eventos futuros indesejados tanto para a saúde da mãe quanto para o bebê. Objetivo:Investigar a automedicação e suas implicações entre gestantes atendidas na Atenção Primária à Saúde de Guaíra, Paraguai. Método:Estudo transversal, exploratório, com abordagem quantitativa, desenvolvido nas Unidades de Saúde da Família de Guaira, Paraguai. A Quarta Região de Saúde é composta por 58 Unidades de Saúde da Família, das quais 15 unidades foram tomadas como amostra para pesquisa. A população de estudo foi composta de 200 gestantes que frequentavam o consultório de Pré-natal das Unidades de Saúde da Família. A coleta de dados ocorreu entre setembro e novembro do ano de 2022com uma carta de anuência do Ministério da Saúde do Paraguai. Os dados foram analisados e tabulados no Microsoft Excel e por estatística descritiva e inferencial no programa SPSS. Resultados:Verificou-se que a maioria das participantes tinham entre 35 a 40 anos, eram provenientes da zona rural, tinham união estável e eram donas de casa com casa própria. Quanto ao uso de medicamentos de acordo com o período gestacional, a maioria relataram consumir medicamentos prescritos pelo médico. Em relação à frequência e motivo que os levaram à automedicação, 28% relataram que tinham os medicamentos em casa e 10% fizeram o uso por causa de dores de cabeça. Os medicamentos foram retirados na farmácia hospitalar das Unidades de Saúde da Família e 85% das gestantes afirmaram ter recebido alguma orientação sobre automedicação, 52,5% não sabiam do risco da automedicação e a maioria afirmaram não recomendar a automedicação a outras pessoas.