AUTOEFICÁCIA EM AMAMENTAÇÃO DE DOADORAS DE LEITE MATERNO
HUMANO
Autoeficácia. Aleitamento Materno. Extração de leite.
As informações e as práticas inadequadas dos profissionais de saúde têm influência direta e negativa para o incentivo, a consolidação e a manutenção do aleitamento materno e da doação de leite humano. Além disso, é de amplo conhecimento a existência de outros fatores que dificultam ou impedem o efetivo desenvolvimento das mesmas. O objetivo deste estudo foi analisar a autoeficácia em amamentação dessas doadoras, segundo o instrumento Breastfeeding Self-Efficacy Scale – Short Form (BSES-SF). A pesquisa foi do tipo descritiva-exploratória, de corte transversal, com abordagem quantitativa. Ocorreu em uma maternidade pública de referência no município de Teresina, capital do Estado do Piauí. A população foi composta pelas mães doadoras internas de leite materno humano que estivessem internadas e/ou acompanhando seus filhos internados e a amostra foi por conveniência, ou seja, com um maior número de mães doadoras acessíveis durante o período pré-estabelecido para a coleta de dados. Para a coleta de dados foram utilizados os seguintes instrumentos: formulário para caracterização materna; Breastfeeding Self-Efficacy Scale – Short Form e Apgar familiar. Os dados coletados foram digitados em uma planilha do programa Microsoft Office Excel 2010®, para procedimento das análises descritivas e processados pelo programa estatístico software R®, com a colaboração de um profissional da área. Pressupõe-se uma relação linear de dependência entre os escores da BSEF-SF (variável dependente) e as demais variáveis (variáveis independentes). Para tanto, sugeriu-se um modelo de regressão, onde se verificou o grau e forma de correlação dessas variáveis. Por se tratar de pesquisa envolvendo seres humanos, o projeto foi encaminhado pela Comissão de Ética da instituição e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFPI. A faixa etária da amostra variou de 15 a 41 anos, com predominância de mulheres jovens, na faixa de 25 a 30 anos de idade (n=16; 31,4%). Em relação à situação civil, a maioria, 35 (68,6%), afirmou ser solteira ou que vivia em união estável com o companheiro. A pontuação da amostra estudada variou de 36 a 70, quando se aplicou a BSES-SF. Notou-se que a pontuação do Apgar familiar variou de 0 a 10, demonstrando, assim, que as três classificações da funcionalidade familiar foram registradas (família altamente funcional, moderadamente disfuncional e severamente disfuncional). As variáveis restantes no ajuste final do modelo de regressão mostraram-se significantes, sendo as variáveis “Partos normais”, “Realizou pré-natal” e “Utilizou serviço de coleta domiciliar” significantes ao nível de 0,1% (α), as variáveis “Gestações anteriores” e “Partos cesáreos”, ao nível de 0,05 (α) e “Apgar familiar”, “Situação ocupacional” e “Partos anteriores”, apresentaram-se significantes ao nível de 0,01% (α). Logo, o enfermeiro, que assiste a mulher no ciclo gravídico-puerperal, deve considerar o cuidado no seu aspecto mais amplo, atentando, não apenas, às demandas físicas, como também, às influências e aos riscos familiares e sociais, que afetam nas decisões e nos comportamentos da mulher.