“TWO DOGMAS OF EMPIRICISM”
DA CRÍTICA À ANALITICIDADE À GUINADA CIENTÍFICA
ANALÍTICO, SINTÉTICO, HOLISMO, SIGNIFICADO, LINGUAGEM
O presente trabalho tem como objetivo mostrar como ocorreu uma “guinada científica” na Filosofia Analítica a partir do artigo Two Dogmas of Empiricism de W. V. Quine. Neste artigo Quine demonstra que não há como fundamentar uma suposta divisão entre enunciados que são verdadeiros unicamente por causa do significado de seus termos e enunciados que necessitam dos fatos para serem tidos como verdadeiros, ou seja, não há como sustentar a divisão analítico/sintético. Assim, sobre os escombros deste dualismo Quine edifica seu holismo semântico, exemplificado pela ideia de um campo de força que está em contato com a experiência apenas nas extremidades. Essa imagem da ciência campo de força foi desafiada por filósofos como Dummett. O presente trabalho, portanto, se concentra na revolução iniciada por Quine na Filosofia Analítica, demonstrando que seus argumentos contra a analiticidade alcançam todas as formas em que se concebam essa noção.