NATUREZA E ETHOS DA RESPONSABILIDADE EM HANS JONAS
Jonas, Ética, Responsabilidade, Metafísica, Dever Ser
Uma vez posto em evidência os aspectos metafísicos da ética jonasiana e sua leitura ontológica da natureza, encontramo-nos aptos a proceder com nossa análise acerca de qual seja a natureza e o ethos da responsabilidade em Hans Jonas, demonstrando que os fundamentos para uma moralidade na sociedade tecnológica sedimentam-se na conexão ontológica entre Ser e dever-ser. Para atingir tal objetivo, procedemos primeiro, com uma análise acerca de qual seria a natureza da responsabilidade segundo Jonas, alocando tal natureza na metafísica e na valorização do Ser. Para atingir tal objetivo, primeiro apresentaremos as causas que impossibilitaram que a reponsabilidade assumisse caráter central nas éticas anteriores; em seguida, procederemos com a análise jonasiana acerca da ameaça hodierna procedente do avanço tecnológico, poder que exige uma responsabilidade que lhe seja correspondente; deste avanço tecnológico desembocaremos na forma contemporânea de niilismo. Dado os argumentos apresentados nos capítulos precedentes, observa-se que tal niilismo configura-se enquanto uma negação tácita ao Ser, o que requer que se busquem fundamentos metafísicos para que tal problema seja dirimido. Isto posto, estaremos aptos a afirmar que a natureza da responsabilidade encontra-se na conexão ontológica acima citada. Para tanto, procederemos com a análise jonasiana acerca da auto-afirmação do Ser e de sua consequente negação ao não-Ser; e, em seguida procederemos com a análise jonasiana que associa dever e querer (associando assim os aspectos objetivos e subjetivos de sua moralidade).