Teoria Crítica e Emancipação
Teoria Crítica. Emancipação. Dialética do Esclarecimento. Direito e Democracia.
O presente trabalho tem por objetivo apresentar o resultado de uma investigação acerca do caráter emancipatório contido na teoria crítica e como tal elemento fora apresentado nas suas principais fases. Com base nos estudos elaborados por Martin Jay e Rolf Wiggershaus, especialmente, se tentará expor como os primeiros teóricos críticos, através da produção, desde a fundação do Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt, passando pelos primeiros anos em que o Instituto fora dirigido por Max Horkheimer e chegando aos primeiros anos de exílio dos seus principais representantes. O primeiro momento que fora marcado pela crença no potencial emancipatório proposto pela teoria marxista, que vai da fundação do Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt em 1923 aos primeiros anos da direção de Horkheimer no Instituto (1931 - 1933). Em seguida, vive-se o segundo momento da teoria crítica, marcado pelo exílio de seus representantes, bem como, pela turbulência por que passou o Instituto enquanto instituição, quando tivera que assistir a seus membros numa verdadeira diáspora, bem como, também por isso assisti-los, além de ter que resistir a todos os atropelos causados pelas várias vezes que tivera que se instalar em lugares diferentes para garantir a sua sobrevivência às perseguições do governo nazista. Foi neste segundo momento que fora produzida e publicada a obra comum de Adorno e Horkheimer – a Dialética do Esclarecimento, obra que será analisada como marco da transformação pela qual tivera que passar, mudança ocorrida no próprio cerne da proposta da Teoria Crítica, ou seja, no próprio modo de operar a crítica que sempre marcou o seu empreendimento teórico.Tentar-se-á demonstrar em quais meandros Adorno e Horkheimer fizerem repousar as possibilidades de se poder falar em emancipação a partir de abordagens a princípio tão pessimista. Uma análise da obra de Habermas – Direito e Democracia, e de alguns artigos de autores como Axel Honneth, Nancy Fraser e Wolfgang, representantes mais recentes da Teoria Crítica, dará termo à proposta do presente trabalho.