Este trabalho tem como objeto de estudo os filmes Aguirre, A Cólera dos Deuses (1972) e Fitzcarraldo (1982), dirigidos pelo cineasta alemão Werner Herzog (1942), filmados na Amazônia entre os anos 1970 e 1980. Os longas-metragens são resultado da experiência de filmagem feita pelo diretor na região, tendo como fundo histórico a dominação colonial e a modernização durante a economia da borracha no início do século passado. Essas obras expressam algumas reflexões sobre a História da Brasil, entre elas, o embate entre o “homem moderno” e a “natureza “selvagem”, além das transformações/contradições geradas pela colonização e pela modernidade, em meados do século XVI e no limiar do século XX, respectivamente. Buscaremos analisar o susto (o deslumbramento, a estupefação, o encanto, o desencanto e o desarranjo) desses processos, vistos a partir do olhar de Herzog.