A dissertação analisa as políticas culturais do primeiro governo de Alberto Tavares Silva (1971-1975) tendo como foco as comemorações da Independência do Brasil e à incorporação da Batalha do Jenipapo a esse eventos cívicos. Para isso, considera-se o contexto político da ditadura civil-militar. As fontes utilizadas foram os jornais publicados no período, as mensagens governamentais enviadas ao legislativo, imagens, biografias e bibliografia sobre o período. Aborda-se, inicialmente, a situação política do Brasil e do Piauí na década de 1970. Para analisar o Brasil, fez-se uso da bibliografia sobre a situação política do país com a instauração do golpe civil-militar (1964) e a ditadura que se instituiu a partir daí. Para analisar o Piauí, recorreu-se a documentos que informaram sobre o quadro político e as articulações de Alberto Silva ao assumir o poder. A pesquisa contempla especialmente as propostas e realizações político-culturais do governo. Analisam-se os principais incentivos desenvolvidos nessa gestão, bem como as comemorações cívicas da Independência do Brasil, observando como eram realizadas essas festividades, enfatizando como a Batalha do Jenipapo é relacionada a essas comemorações e a construção da memória que o Estado objetivou incutir na sociedade piauiense, especialmente com a valorização do 13 de março, apontando as novidades do governo de Alberto Silva em relação aos governos anteriores.