A construção do Estado Imperial brasileiro está imbricada em uma série de divergências políticas que perpassam as lutas pela independência do Brasil ao longo da primeira metade do século XIX. A dissertação reflete a contribuição do Piauí na formação e afirmação do Estado Imperial brasileiro nos anos de 1823-1825. Buscou-se compreender como as elites locais se articulam no poder nos primeiros anos pós-emancipação política e participam da consolidação do Estado. As fontes primárias utilizadas foram ofícios e correspondências de Manuel de Sousa Martins, então presidente temporário da província do Piauí, com a Corte situada no Rio de Janeiro. Utilizaram-se ainda documentos relacionados à Confederação do Equador na província piauiense disponíveis nas obras de Ulysses Brandão e Abdias Neves, além da Constituição de 1824 e algumas leis e decisões do império do Brasil analisados a luz da historiografia. A partir do movimento da Confederação do Equador, construiu-se um debate em torno das divergências e rupturas políticas dentro da província piauiense. Nesse intuito, inquiriram-se as ações e atitudes do presidente temporário Manuel de Sousa Martins, e como as mesmas colaboraram no fortalecimento do Estado Imperial brasileiro. O aporte teórico e metodológico utilizado na pesquisa ocorre com Araújo (2015), Dolhnikoff (2005) Rémond (2003), Certeau (1982), Winock (2003), Rosanvallon (2010), entre outros.