Na presente pesquisa refletimos sobre um aspecto da trajetória militar de Delso Mendes da Fonseca, piauiense e um dos líderes do movimento tenentista. As balizas temporais tomam como fato o início do tenentismo, com o levante de 1922 – no qual se destaca a sublevação do Forte de Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro – e o inicio do seu processo de “declínio”, com o levante Constitucionalista de 1932, em São Paulo. No que tange à perspectiva teórica, versa sobre os campos da memória e das trajetórias individuais, sendo os substratos de pesquisa sua entrevista concedida ao Centro de Pesquisa e Documentação de História Oral (CPDOC), fontes hemerográficas (jornais), cartas, telegramas, bem como a produção historiográfica que trata sobre a temática. Nessa vertente discutiremos: o processo de modernização e profissionalização do Exército, bem como suas influências no movimento tenentista; O levante do Forte de Copacabana, em 1922 e seus desdobramentos no cerne revolucionário; O assalto ao 3º Regimento de Infantaria na Praia Vermelha, Rio de Janeiro, em 1925; A atuação de Delso da Fonseca na Coluna Leonel Rocha, no Sul do Brasil; Os momentos que antecederam a Revolução de 1930 e os embates em Minas Gerais; A posteriori da Revolução de 1930 no Piauí, analisando o contexto político local e o articulando com a Delegacia Militar do Norte e o levante do cabo Amador, em 1931, na cidade de Teresina; A Revolução Constitucionalista de 1932 em São Paulo e as lutas travadas no Túnel da Mantiqueira. Os principais autores com os quais dialogaremos são: Jacques LeGoff, Pierre Bourdieu, Maurice Halbwachs, Aspásia Camargo, Frank McCann, José Augustro Drummond e Francisco Alcides do Nascimento.