Esta pesquisa aborda a atuação do Estado a partir de políticas de saúde, visando uma organização da saúde pública e o combate das doenças que se alastravam em Teresina, durante as décadas de 1930 e 1940. Essas ações eram materializadas nas instituições, na procura por sanear a cidade, nas relações médicos/estado, nas ações do governo, fundamentadas em uma política nacional de saúde, que, durante esse período, procurou centralizar ações referentes à saúde, inspecionando, criando e especializando agentes, órgãos e instituições. A pesquisa também teve por objetivo discutir a terapêutica farmacêutica, com o intuito de analisar a produção e a circulação de medicamentos e verificar como ocorriam os tratamentos e a prevenção de doenças, em Teresina. Para a realização desta dissertação, recorreu-se a estudos bibliográficos de autores como Foucault (2008; 2014; 2019), Certeau (2007), Elias (2011), Chartier (1990), à pesquisa documental, com a utilização dos jornais: Diário Oficial, Gazeta, Imprensa, bem como à relatórios de governo, Códices de Saúde, revistas da Associação Piauiense de Medicina, memórias, biografias, autobiografias e almanaques. A partir do estudo produzido identificou-se como o projeto de institucionalização da saúde pública em Teresina durante as décadas de 1930 e 1940, envolveu questões de ordem nacional a partir da atuação de políticas públicas de saúde, amparadas pelo Estado, voltadas para o cuidado de doenças. Nesse momento foram intensificadas campanhas que envolviam o corpo médico e governantes, voltadas principalmente para o melhoramento das condições sanitárias da capital e da oferta de especialistas em instituições de saúde e clínicas instaladas na cidade. Verifica-se, ainda, a atuação de farmacêuticos e a circulação de propagandas de medicamentos em jornais e almanaques, que auxiliavam no combate das doenças e no projeto de melhoramento da saúde em Teresina.