Este trabalho analisa a atuação da escritora piauiense Amélia de Freitas Bevilaqua (1860-1946), destacando sua educação por meio do ingresso na Escola Infantil em 1867 e pelas aulas que recebeu em casa, enfatiza a importância do incentivo familiar. O recorte temporal desta pesquisa corresponde ao período de 1860 a 1909, ou seja, abarca a atuação da autora no Maranhão e em Pernambuco. O estudo identifica suas contribuições na imprensa nacional, por volta dos anos de 1897, dando seguimento a sua carreira como redatora-chefe da revista pernambucana O Lírio, que circulou entre os anos de 1902 a 1904. Esse periódico era redigido e dedicado exclusivamente ao sexo feminino. Evidencia-se, a partir da atuação de Amélia Bevilaqua na revista, seu nome se tornou reconhecido nacionalmente, sua participação na redação da revista constituiu a base para compreender as relações femininas dentro de O Lírio e a luta pelos direitos das mulheres, apresentamos também o estudo sobre o jornal Borboleta, publicado em Teresina-PI entre os anos de 1904 a 1906, que surgiu influenciado pela revista O Lírio. Durante a sua vida, Amélia de Freitas Beviláqua buscou dar visibilidade à escrita da mulher brasileira, sendo redatora e colaboradora de importantes periódicos femininos. Compreendemos Amélia Beviláqua no plural, pois durante a sua vida esteve cercada de outras mulheres que lutavam por objetivos semelhantes aos seus, como o direito à instrução e à liberdade de expressão. O texto é construído com base em fontes hemerográficas, biografias , memórias, inventários, estatutos, fontes governamentais e fotográficas que dialogam com autores que discutem sobre o tema. Destacamos a interlocução com ARIÈS (2011); DUARTE (2016); HAHNER (1981); LE GOFF (2003); PERROT (2016), QUEIROZ (2011).
Palavras-Chave: Amélia de Freitas Beviláqua. Mulheres. Imprensa feminina.