O manejo das fontes se deu mediante o entendimento de que tais documentos não são verdades absolutas em si, mas, “peças” de um quebra-cabeças a ser interpretado e desvendado pelo historiador, que os entende como relatos, testemunhas e interpretações do objeto em análise, por isso exige-se do historiador o desenvolvimento de metodologias adequadas e flexíveis a cada tipo.
O manuseio das fontes periódicas, são em geral, jornais, folhetos, revistas e almanaques produzidos no Piauí e no Brasil entre 18800 e 1950, temos de ter a consciência de que eram produzidos e divulgados com uma intencionalidade, pois segundo Tania Regina de Luca, agregavam “pessoas em torno de ideias, crenças e valores que se pretendem difundir a partir da palavra impressa”. Compete-nos identificar, como se relacionam com a pesquisa bem como a sua capacidade de responder ao que lhes for inquirida, na perspectiva da história problema
Para além dos materiais impressos, trabalhamos ainda com documentos escritos de dois tipos, os primeiros são os institucionais e oficiais, tais como atas de fundação, regimentos normativos e administrativos de entidades religiosas, em especial do Centro Espírita Piauiense, posteriormente Federação Espírita Piauiense, neste tipo de fonte buscou-se o processo de institucionalização bem como de normatização dos ideais espíritas.
O segundo tipo são, fontes de arquivos particulares, tanto de instituições já existentes como também de pessoas físicas, que fizeram o papel de guardiões destas memórias. É importante no trabalho com este tipo de fonte ter em mente a intencionalidade dos arquivos, pois, como qualquer ação humana, a ação de arquivar também é uma ação recheada de intencionalidades, ir em busca, não só do que aparentemente existe nos conjuntos pesquisados, mas também questionar-se quanto às ausências documentais.