O presente texto visa discutir a construção do Estado Imperial brasileiro e a relação com a Província do Piauí nos anos 1823 a 1843. Nesse período, buscamos analisar o governo de Manuel de Sousa Martins e como o mesmo corrobora para a estruturação do Estado. A tese reflete a contribuição do Piauí na formação e afirmação do Estado Imperial brasileiro durante o período em que o Brigadeiro e depois Barão e Visconde da Parnaíba estivera a frente da administração provincial. Buscou-se compreender como as elites locais se articulam no poder nos primeiros anos pós-emancipação política e participam da construção do Estado imperial no Brasil. As fontes primárias utilizadas foram ofícios e correspondências de Manuel de Sousa Martins com a Corte situada no Rio de Janeiro no período pós independência. Utilizaram-se ainda documentos relacionados à Confederação do Equador na província piauiense disponíveis nas obras de Ulysses Brandão e Abdias Neves, além da Constituição de 1824. De suma importância foram as leis e decisões do império do Brasil e as Atas do Conselho de Província do Piauí de 1825 a 1834, alguns jornais oitocentistas, sendo o principal deles O telegrafo, dentre outros; todos analisados a luz da historiografia. A partir do movimento da independência no Piauí, da Confederação do Equador e da Balaiada no Piauí, construiu-se um debate em torno da formação do Estado imperial brasileiro e o governo de Sousa Martins, observando as divergências e rupturas políticas que ocorreram no período. O aporte teórico e metodológico utilizado na pesquisa ocorre com Araújo (2015), Dolhnikoff (2005) Rémond (2003), Certeau (1982), Winock (2003), Rosanvallon (2010), entre outros.