O prelado piauiense ganha sua emancipação ao se desanexar da Diocese do Maranhão, em 1906, como resultado de iniciativas das camadas sociais piauienses, assim como reflexo de uma onda de reforma ultramontana assistida em cenário nacional, de caráter ultramontana, cuja uma das estratégias se dava no aumento do número de dioceses no Brasil, ramificando ainda mais sua atuação no país. Atentando-nos a um contexto nacional da Igreja, a instituição católica no Estado do Piauí, sob governança de seu primeiro bispo, Dom Joaquim Antônio de Almeida, viu o alvorecer de um projeto de catolicismo em moldes ultramontanos. Diante disso, buscamos analisar em nossa pesquisa o período de atuação diocesana do bispo D. Joaquim Antônio de Almeida, que governou o bispado piauiense entre os anos de 1906 à 1911, no entanto abarcamos em nossa discussão o ano de 1912, um ano após a renúncia do bispo. Compreender as práticas institucionais católicas e a atuação do referido bispo nas terras piauienses dos anos de 1906 a 1912 é o que configura o objetivo central da presente pesquisa, cuja proposta encerra-se em uma análise histórica das fontes compiladas específicas da época, como as edições do jornal católico piauiense O Apóstolo, primeiro jornal diocesano natural do Estado, assim como cartas pastorais de D. Joaquim, afim de entender o projeto de governo do então bispo. Após o decorrer da pesquisa nos foi possibilitada a ideia de que o bispado piauiense, desde sua gênese, estaria alinhado – dentro do recorte abordado – às práticas de um catolicismo institucional geral e as ações implementadas por D. Joaquim Antônio de Almeida puderam ser entendidas como sinais de tal alinhamento.