Este trabalho pretende estudar os processos que envolvem a formação e conformação da religião espírita no Brasil e no Piauí entre os anos de 1870 a 1950. Nesse intuito, observamos a formação e as estratégias que o conhecimento espírita utilizou em seus percursos desde a sua formação na Europa e a chegada dela no Brasil. Examinando os embates enfrentados e requeridos pelos grupos espíritas para sua consolidação, tais embates foram essenciais para o espiritismo se colocar no mercado religioso/científico brasileiro lutando com médicos e religiosos pelo seu lugar de fala, lugar esse que se consolida com determinadas escolhas estratégicas de inserção social e discursiva. Em olhar mais detalhado observamos a chegada, consolidação e nacionalização do espiritismo no Piauí, utilizando-nos de jornais de época, documentos de centros espíritas e sempre apoiando-se na historiografia consolidada da temática espírita, tais como Adriana Gomes, Emerson Giumbelli, Marcos Moreira Marques,Sandra Jaqueline Stoll, Bruno Cortês Scherer e Ângela Aparecida Silva de Almeida.Observamos a experiência piauiense e a inserimos no contexto nacional de consolidação do espiritismo ao longo do século XX, através de memorialistas/historiadores como Higino Cunha e Leopoldo Machado, bem como traçou-se por meio de jornais piauienses, maranhenses e cearenses os caminhos percorridos e debatidos por este ideal.