O trabalho analisa a seca no Piauí, nos anos de 1877-1879, como um campo de disputa e de relações de poder, a partir dos locais de trabalho e acolhimento aos migrantes, ou seja, dos Núcleos Coloniais e das obras públicas. Durante a seca ocorreram deslocamentos populacionais, na tentativa de encontrar meios de subsistência. Diante das dificuldades enfrentadas pela pobreza desvalida mediante o cenário da seca, o governo provincial através da Comissão de Socorros Públicos, empreendeu medidas assistencialistas para socorrer estes sujeitos. Diante disso, nos propomos identificar as tramas de poder e controle diante a população pobre e migrante, as ações para inseri-los no trabalho regular e os possível favorecimento de fazendeiros, a exemplo, do capitão Miguel Borges. A pesquisa será guiada a partir de documentos manuscritos como os ofícios da comissão de socorros, ofícios dos contratantes, relatórios das inspeções dos núcleos coloniais, mensagens e relatórios presidenciais e as fontes hemerográficas os jornais piauienses “A Imprensa” e o “A Época”.