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Banca de DEFESA: CECÍLIA TERESA MUNIZ PEREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CECÍLIA TERESA MUNIZ PEREIRA
DATA: 04/04/2014
HORA: 11:00
LOCAL: Auditório profa. Francisca Elima Cavalcante Luz
TÍTULO:

Staphylococcus aureus em leite e queijo de coalho: Perfil de genes enterotoxigênicos e resistência antibiótica.


PALAVRAS-CHAVES:

produtos lácteos, enterotoxinas estafilocócicas, resistência antimicrobiana, segurança alimentar.


PÁGINAS: 107
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Ciência e Tecnologia de Alimentos
SUBÁREA: Ciência de Alimentos
RESUMO:

O queijo de coalho é um produto tradicional da região Nordeste do país, tendo elevada importância econômica e cultural. A matéria prima utilizada para elaboração deste tipo de queijo é, na maioria das vezes, o leite in natura, o que faz com que este produto seja fonte de micro-organismos patogênicos, dentre estes os Staphylococcus aureus. A presença desta bactéria nos produtos lácteos tem importância pela possibilidade da presença de potentes superantígenos, as enterotoxinas estafilocócicas (EE), que são a causa da intoxicação alimentar estafilocócica. Este micro-organismo é também o principal agente etiológico das mastites bovinas, cuja terapia antibiótica se torna difícil pela existência de cepas multirresistentes, podendo ainda ocorrer a disseminação dessas cepas, por meio da cadeia dos produtos lácteos. Este trabalho avaliou a qualidade microbiológica de 40 amostras leites e 30 amostras de queijos de coalho, produzidos em três propriedades rurais, na cidade de Teresina-Piauí. Para tanto, primeiramente foi realizada a contagem total de micro-organismos mesófilos aeróbios e ou facultativos e, em seguida, buscou-se isolar e identificar S. aureus, assim como detectar a presença de genes das enterotoxinas clássicas e o perfil de sensibilidade antibiótica de cepas deste micro-organismo, isoladas destes produtos lácteos. Foram observados para os mesófilos contagens elevadas, cujas médias variaram de 2,3 x 104 a 3,4 x 107 UFC/mL para as amostras de leite e 4,8 x 106 a 2,5 x 108 UFC/g para as amostras de queijo. Staphylococcus coagulase positivos (SCoP) apresentaram contagens que variaram de 5,0 x 101 para o leite pasteurizado, menor que 101 a 8,1 x 104 UFC/mL para o leite cru, e 5,5 x 102 a 3,5 x 106 UFC/g para o queijo de coalho. Dentre as 148 cepas de SCoP isoladas, 109 (73,65 %) foram identificadas como S. aureus, utilizando a combinação de vários testes bioquímicos, sendo a prova de resistência à acriflavina a que revelou maior poder discriminatório para esta espécie. Das 67 cepas de S. aureus analisadas quanto à presença de genes das EE clássicas, 38,8 % amplificaram para o gene sec, não sendo detectado nenhum outro gene das EE avaliadas. O perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos, para as 98 cepas de S. aureus testadas evidenciou alta frequência de resistência aos betalactâmicos, algumas também revelaram fenótipo MLSB, e outras apresentaram múltipla resistência, não tendo sido detectadas cepas MRSA. Nesta pesquisa foi demonstrada, portanto, insatisfatória qualidade microbiológica para os produtos avaliados, revelando ainda a presença de cepas de S. aureus portadoras de gene enterotoxigênico e elevada resistência antibiótica. Assim, a partir do diagnóstico obtido, faz-se necessário conduzir ações direcionadas aos produtores para a melhoria da qualidade e segurança destes produtos.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - MARIA CELESTE NUNES DE MELO - UFRJ
Presidente - 423602 - MARIA JOSE DOS SANTOS SOARES
Interno - 423661 - MARIA MARLUCIA GOMES PEREIRA
Externo ao Programa - 3431900 - WALESKA FERREIRA DE ALBUQUERQUE
Notícia cadastrada em: 24/03/2014 18:46
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