Objetivou-se com o estudo identificar a presença de oocistos de protozoários do gênero Cryptosporidium spp. em amostras fecais de caprinos criados no estado do Piauí e verificar se há relação da infecção com a verminose por avaliação de alterações em parâmetros sanitários e produtivos. A Criptosporidiose é uma zoonose parasitária de distribuição cosmopolita. O Cryptosporidium spp., agente etiológico da doença, tem localização intracelular, completa seu ciclo biológico na superfície de células epiteliais dos tratos respiratório e gastrintestinal e são responsáveis pela síndrome da diarreia aquosa, desidratação, perda de peso, retardo no crescimento e morte dos indivíduos infectados. A Criptosporidiose ocorre com maior gravidade em animais neonatos e imunocomprometidos, causando grandes prejuízos econômicos. Contudo, tal doença é importante por causar prejuízos na produção de caprinos, o que conduz ao objetivo desta revisão, que é discorrer sobre a infecção de caprinos por protozoários do gênero Cryptosporidium spp. no comprometimento da sanidade e por consequência, dos índices produtivos do rebanho. Os protozoários do gênero Cryptosporidium spp., apresentam ciclo de vida monoxeno, ou seja, o realizam em um único hospedeiro. Em caprinos jovens, menores de 30 dias de vida, o sinal clínico habitualmente observado é o de diarreia severa que pode durar de 5 a 20 dias, comprometendo o crescimento destes indivíduos e podendo levá-los à óbito. Existem diversas formas de diagnóstico da Criptosporidiose em caprinos, como o uso de técnicas de coloração em esfregaço fecal e Centrífugo-flutuação, de fácil execução e baixo custo, além de técnicas mais modernas e precisas como a PCR. Pelo conteúdo exposto nesta revisão, é possível concluir que apesar da Criptosporidiose ser uma enfermidade crônica e ainda não ter tratamento efetivo para o combate do seu agente etiológico, tem na prevenção a principal forma de evitar a disseminação da doença no rebanho caprino.