A utilização de leguminosas herbáceas é um desafio para a implantação de sistemas consorciados, visto sua baixa persistência nos pastos quando comparadas às gramíneas. Nesse contexto a cunhã (Clitoria ternatea L.) tem se destacado por suas características morfológicas e nutritivas. O estudo foi realizado com o objetivo de avaliar o capim-Massai associado a cunhã ou não para a produção de fêmeas ovinas adultas. foram realizados dois experimentos, no primeiro foi avaliado o capim-Massai associado a cunhã em banco de proteína e o segundo, consórcio entre cunhã e o capim-Massai em sistema silvipastoril com cajueiros. Os experimentos foram realizados no campo experimental da Embrapa Meio-Norte, em Teresina- PI. Foram utilizadas fêmeas adultas Santa Inês, com peso médio de 37,5 kg, em método de lotação rotacionada com 28 e 04 dias de descanso e ocupação, respectivamente. O delineamento adotado foi de blocos ao acaso com 2 tratamentos, 2 blocos e 5 piquetes experimentais. Realizou-se a análise de variância dos dados e quando detectadas significâncias, as médias foram submetidas ao teste de SNK a 5% de probabilidade. Foram coletadas/ alturas dos pastos no pré e pós-pastejo por ovinos, ainda no pré-pastejo, foram realizados cortes a 15 cm de altura do solo, para a determinação da massa de forragem, composição morfológica e botânica. A composição química e digestibilidade da MS e MO foram determinados em amostras por meio de pastejo simulado. Para o comportamento ingestivo e consumo foi adotada a metodologia de observação direta, no primeiro e quarto dia de pastejo. O desempenho foi estimado a partir das pesagens realizadas no início, a cada 15 dias e ao final do período experimental. No primeiro experimento foi observado que a altura do pasto de capim-Massai no pré-pastejo foi em média 53 cm, enquanto que no pós-pastejo, o pasto de capim-Massai associado ao banco de proteína foi 5cm mais alto que sem associação (P<0,05). A associação com leguminosa, elevou em, aproximadamente, 50% a produção de forragem (P<0,05). A presença da leguminosa eleva a qualidade da forragem ingerida. Durante 9 horas de avaliação, os animais passaram mais tempo (P<0,05) em pastejo, 4,8h, seguida por ócio, deslocamento e ruminação. Os animais com acesso ao banco de proteína reduziram o número de bocados na gramínea. O consumo da forragem é influenciado pela associação ao banco de proteína, sendo a ingestão da cunhã 56% maior. A associação com banco de proteína resultou em maior variação de peso dos ovinos. E no segundo experimento foi contatado que o consórcio apresentou massa de forragem superior à monocultura (P<0,05). O pasto de capim-Massai exclusivo, apresentou mais plantas invasoras que o consórcio (P<0,05). Embora o sombreamento reduza a temperatura ambiental, não inibe o estresse por calor em ovinos. O consórcio proporcionou maior tempo de pastejo e menor tempo de ruminação (P<0,05). Maior taxa de bocados/min foram observadas na monocultura (P<0,05). A presença da leguminosa influenciou o consumo de forragem (P<0,05) e variação de peso animal (P<0,05), com 54% de aumento no ganho de peso. Dessa forma os resultados levam a afirmar que a associação de cunhã ao pasto de capim-Massai, seja como banco de proteína ou em consorcio, é uma alternativa viável para produção animal por proporciona uma maior massa de forragem com melhor valor nutritivo o que acarreta em maior variação de peso nos animais.