Uso de inóculo fecal de ovinos para avaliação de alimentos para ruminantes
cinética ruminal, degradação, fermentação, fezes, inóculo alternativo
A pesquisa foi conduzida no Laboratório de Nutrição Animal do Centro de Energia Nuclear e Agricultura da Universidade de São Paulo (CENA/USP). Objetivou-se estudar o efeito do tipo de inóculo, ruminal ou fecal, e do tempo de enriquecimento do inóculo fecal sobre a estimativa da degradação e da cinética de fermentação ruminal de alimentos para ruminantes. Estruturalmente este trabalho foi dividido em dois capítulos. O primeiro, denominado “Inóculo fecal de ovinos em substituição ao inóculo ruminal pela técnica in vitro de produção de gases” foi realizado com o objetivo de estudar o efeito do tipo de inóculo, ruminal ou fecal, e do tempo de enriquecimento do inóculo fecal sobre a estimativa da degradação e da cinética de fermentação ruminal pela técnica in vitro de produção de gases, além de determinar a composição bromatológica, a produção total de gases e de metano, a degradação da matéria seca (DMS) e da matéria orgânica verdadeira (MOVD), e a concentração de protozoários. O segundo capítulo, intitulado “Comparação da degradabilidade in vitro usando inóculo fecal de ovinos com a degradabilidade in situ” foi realizado com o objetivo de comparar a técnica de degradabilidade in vitro utilizando o inóculo fecal de ovinos com a degradabilidade in situ nos animais. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA), utilizando os procedimentos do modelo linear geral (PROC GLM) do programa estatístico SAS (2002). O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado (DIC), com arranjo fatorial 4x4 (quatro inóculos e quatro substratos). Para o ensaio de degradabilidade também foi usado um DIC, em esquema fatorial 4x3x3x2 (quatro animais, três tempos, 3 substratos e duas repetições/animal). As fontes de variação foram os substratos e o tipo de inóculo, e também foram avaliadas a interação entre inóculo e substrato. As diferenças significativas entre as médias foram identificadas usando o teste SNK, ao nível de 5% de probabilidade (SAS, 2002). O inóculo fecal oriundo das fezes de ovinos com a concentração de 10% de fezes e nos tempos testados (0, 24 e 48 horas de enriquecimento) não apresentou resultados satisfatórios para estimar a degradação e cinética de fermentação ruminal de alimentos para ruminantes.