Comportamento e desempenho de caprinos submetidos a diferentes estratégias de suplementação em pasto de capim-andropogon
Crescimento, estrutura do pasto, lotação rotacionada, raça Anglonubiana, taxa de bocado, tempo de pastejo
Nesta pesquisa o objetivo foi descrever o comportamento em pastejo e o desempenho de caprinos da raça Anglonubiana em pasto de capim-andropogon sob lotação rotacionada em região subúmida no período chuvoso. A área experimental de 0,56 ha de capim - andropógon (Andropogon gayanus Kunth cv Planaltina) foi subdividida em 10 piquetes de igual tamanho. Foram utilizados 20 cabritos mestiços da raça Anglonubiana, com peso médio inicial de aproximadamente 22 kg, distribuídos em quatro tratamentos correspondendo a quatro níveis de suplementação. O grupo controle foi alimentado apenas no pasto, e os demais grupos suplementados com concentrado a 0,4, 0,8 e 1,2% do peso vivo (PV). Todos os animais experimentais receberam suplementação mineral e água ad libitum. Os animais foram pesados no início e no final do experimento, e a cada sete dias, para verificar o ganho de peso diário, o ganho total por área e o ajuste da suplementação diária. O método de pastejo adotado foi o de lotação rotacionada, com período de ocupação de três dias, a altura do resíduo era em média de 20 cm e o período de descanso suficiente para o pasto atingir 60 cm de altura. As avaliações das características estruturais do pasto (massa, altura, porcentagem de folhas, colmos e material morto) foram realizadas em 10 piquetes ao longo do período experimental. O comportamento dos animais caprinos foi observado durante três dias consecutivos no segundo ciclo de pastejo, no período das 08:45 às 16:45 horas. com registro das atividades de pastejo, ruminação,deslocamento e ócio. A produção de massa da forragem (MF) do capim, a cada intervalo de descanso, foi de 2.141,4 kg/ha, com redominância de folhas, o que resultou em uma relação folha/colmo de 2,8. O tempo de pastejo e ócio não foram influenciados pelos níveis de suplementação. O tempo despendido para o pastejo foi em média 6 horas /dia. Maior tempo de ruminação e deslocamento foi observado quando os animais não receberam suplementação. Os animais suplementados apresentaram maior ganho de peso do que os animais que não receberam a suplementação. O tratamento que apresentou maior ganho médio diário (85,10g) e o maior ganho por área (478,54 kg/ha) foi o de 0,8% do PV de suplementação. A suplementação com alimentos concentrados não influencia o tempo de pastejo mas aumenta as taxas de ganho diários de caprinos em pasto de capim-andropogon.