Objetivou-se avaliar as características morfogênicas e estruturais de genótipos de gramíneas forrageiras e as características de crescimento e composição química de genótipos de palma forrageira sob diferentes doses de hidrogel a base da resina de cajueiro Anacardium occidentale (Hidrogel Teste-HT) em comparação ao hidrogel comercial (HC) a base de polímeros compostos por poliacrilamida. Foram realizados dois experimentos na Universidade Federal do Piauí, campus Professora Cinobeina Elvas – UFPI/CPCE, município de Bom Jesus. O primeiro experimento foi realizado com gramíneas forrageiras, duas do gênero Megathyrsus maximum: Mombaça, Massai e duas do gênero Urochloa brizantha: Marandu e Paiaguás. No primeiro ensaio experimental foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial (4 × 3) sendo quatro genótipos de gramíneas e três formas de hidratação da planta, com quatro repetições. O segundo ensaio experimental, avaliou-se os níveis de hidrogel teste (HT) nas doses: 0 kg, 10 kg, 20 kg e 40 kg ha-1, com quatro repetições no capim-Mombaça. O segundo experimento foi realizado com palmas forrageiras do gênero Nopalea cochenillifera: Doce, Opuntia fícus-indica: Gigante e Opuntia stricta: Orelha de Elefante Mexicana, realizando análise em casa de vegetação, com dois ensaios experimentais. No primeiro ensaio experimental foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial (3 × 3) sendo três genótipos de palmas e três formas de hidratação da planta, com quatro repetições. O segundo ensaio experimental, avaliou-se os níveis de hidrogel teste (HT) nas doses: 0 kg, 10 kg, 20 kg e 40 kg ha-1, com quatro repetições na palma Doce. Em ambos os experimentos e ensaios foram avaliadas as características de crescimento, produção, composição química, e quantificação de macro e micronutrientes. As análises estatísticas foram realizadas com o emprego do programa SISVAR versão 5.0. No experimento com as gramíneas, a TAlF, foi semelhante no uso do HC e HT, com 9,46 e 11,15 mm dia-1, respectivamente. O capim-Paiaguás obteve maior valor no NFL e TApF, quando comparado com as demais espécies. Houve efeito entre do HT e o capim-Marandu na DPP, nos capins Mombaça e Massai para a BSF e no capim-Mombaça na variável BSR. Os teores de MS do capim-Marandu e Paiaguás apresentaram valores superiores aos do capim-Mombaça e Massai, com médias de 315,9 g/kg MS para o capim-Paiaguás e 315,1g/kg MS, para o capim-Marandu. Nas avalições de doses do HT no capim-Mombaça, houve efeito linear para a BSF e efeito quadrático para BSR. Houve interação entre os hidrogéis e os genótipos, em todos os macroe micronutrientes. Houve acréscimos de MS nas doses do HT, no qual os valores nas sem adição de hidrogel foram de 200g/kg para 289g/kg nas doses de 40kg ha-1. Observou-se efeito linear nos macros e micronutrientes na variedade Mombaça, exceto para o K. No experimento com a palma forrageira, houve maior AC, AlP e BSR com o uso de hidrogel teste nas palmas. Observou-se efeito no teor de MS e PB nas variedades de palmas sob três formas de hidratação, a variedade Doce, apresentou efeito linear crescente nas variáveis AC, BSC e BSR. Houve interação para todos os macronutrientes avaliados nos genótipos das palmas. Houve efeito na composição mineral da palma Doce sob doses de HT para Ca, Mg, Cu, Mn, Fe e Zn. Ao serem comparadas as formas de hidratação, o uso do hidrogel é recomendado, e o hidrogel produzido com a resina do cajueiro apresenta uma substituição viável ao hidrogel comercial.