Esta pesquisa teve como objetivo quantificar o impacto econômico, ambiental e social da inclusão de perifíton em sistema de cultivo de P. hypophthalmus sob condição tropical por metodologia de análise emergética. Para isso, foi realizado o experimento com substrato de tela e bambu. O delineamento experimental utilizado para cada substrato foi inteiramente casualizado - DIC (3 tratamentos x 6 repetições), com um total de 18 unidades experimentais. Os tratamentos foram: 1 - 100% da ração diária recomendada, sem substratos, controle; 2 - 50% da ração diária recomendada, com substrato; 3 - 25% da ração diária recomendada, com substrato. Para contabilidade emergética foi considerada a taxa de renovabilidade, taxa de transformidade, relação de rendimento emergético, relação de carga ambiental, relação de troca emergética e o índice de sustentabilidade emergética. A análise dos parâmetros físico-químicos do perifíton foi de acordo com a AOAC (2016). Os parâmetros zootécnicos avaliados foram: Ganho de peso diário (kg), sobrevivência (%), conversão alimentar, o índice viscerossomático (VSI) e o hepatossomático (HSI). Para a análise físico-químicas do filé P. hypophthalmus foi considerada a umidade, proteínas, lipídeos e cinzas. A análise sensorial foi realizada no IFPI, com estudantes e servidores, avaliando os atributos: aparência, cor, aroma, textura, sabor, sabor do peixe e qualidade geral, além da intenção de compra. O comportamento alimentar foi caracterizado pelo tempo médio de reação ao momento do fornecimento da ração e o tempo médio total para o consumo. As análises dos dados foram obtidas pelo software SAS 9.0 com testes de médias (Tukey 5%). Conclui-se que a aplicação da restrição alimentar de 50% com adição de substrato tanto de bambu ou tela na alimentação de juvenis de Pangasius hypophthalmus proporciona resultados zootécnicos não distante do manejo alimentar tradicional. Em termos de avaliação sensorial e aceitação, a substituição da ração de peixe por perifiton não é possível na alimentação de P. hypophthalmus sem alterar a qualidade organolépticas do pescado, nesse caso ocorreu a rejeição pelo consumidor final do filé desse pescado. De acordo com os dados emergéticos, esse sistema não obteve bons resultados zootécnicos. Observou-se também, o aumento da dependência por recursos da economia com a introdução do perifiton produzido, do modo que os indicadores emergéticos exibiram a insustentabilidade dessas alternativas de produção de panga com o passar do tempo.