Processos de ingestão e padrões de deslocamento e procura de forragem por caprinos em diferentes alturas de pastejo
Taxa de bocado, massa do bocado, consumo, estações alimentares.
Considerando que o comportamento dos caprinos é influenciado pela estrutura do pasto, objetivou-se com este trabalho avaliar o processo de ingestão, padrões de deslocamento e procura de forragem em pasto de capim-massai em diferentes alturas do dossel (40, 50, 60 e 70 cm). O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado, com quatro alturas de pastejo e duas repetições no tempo e no espaço. Os dados coletados foram relacionados aos processos de ingestão de forragem (taxa, massa e tempo por bocado; taxa de ingestão de forragem e massa de forragem total consumida), padrões de deslocamento e procura de forragem (bocados, estações, passos, taxa de deslocamento e tempo por estações alimentares) por caprinos em diferentes alturas, composição química e morfológica do pasto. Foram realizados testes de pastejo de 45 minutos com quatro cabras mestiças da raça Anglonubiana. Com o incremento da altura do pasto foi observado o aumento na massa de forragem, massa de lâmina foliar e a densidade do pasto. A composição química da forragem (FDN, FDA, MM, DIVMS, DIVMO e NDT) obtida simulando o pastejo, nas alturas avaliadas, foi semelhante, com exceção da redução do teor de proteína bruta aos 70 cm. A altura do pasto não influenciou alguns padrões de deslocamento e procura por forragem por caprinos, tais como, o número de bocados, passos entre estações e a taxa de deslocamento entre estações alimentares. No entanto, o número de estações alimentares decresceu e o tempo por estação alimentar aumentou com altura do pasto. Com relação aos processos de ingestão, a taxa de bocado, taxa de ingestão e tempo por bocado apresentou relação quadrática com o aumento da altura de pastejo. A maior taxa de ingestão foi observada aos 54,7 cm de altura com 0,136 g MS-1.min-1. kg de PV-1. A massa do bocado apresentou uma relação linear e positiva com o aumento da altura, aos 50 cm os animais colheram uma massa do bocado de 3,65 g MS.bocado-1.Kg PV-1, quando os animais realizavam 34,5 bocados por minuto. A altura que proporciona o maior consumo foi a de 50 cm, pois os animais conseguem obter uma adequada massa do bocado em menor tempo despendido por cada bocado realizado.