“Prospecção de novas proteínas para o diagnóstico de Leishmaniose Visceral Canina”
Cão, anticorpos, proteínas recombinantes, ELISA, Teresina, dianostico, LVC.
Introdução: A precisão dos testes diagnósticos para Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é essencial para um controle eficiente desta enfermidade, porém o grande espectro de apresentações clínica que o cão pode apresentar dificulta o diagnóstico, principalmente os cães que não apresentam sinais sugestivos e são classificados como assintomáticos. No presente estudo foi avaliada a capacidade de proteínas recombinantes especificas de Leishmania infantum chagasi em aumentar a sensibilidade e especificidade dos testes diagnósticos para a enfermidade, baseado no teste sorológico ELISA. Métodos: Foram incluídos 177 animais provenientes de áreas endêmicas para LV na cidade de Teresina, Piauí, que foram examinados aleatoriamente em levantamentos epidemiológicos para LVC, utilizando os métodos sorológicos de TR DPP® e ELISA. Como teste padrão para a doença foram realizados exames diretos para detecção de formas do parasito e realizado avaliação clínica para determinação do escore de cada animal de acordo com ficha de avaliação. Na fase inicial do estudo Screening foi utilizado 38 soros de animais positivos para LVC (19- sintomático /19- assintomático) e 10 soros positivos para E. canis diagnosticado segundo Nested PCR como controle. Estes soros foram testados utilizando-se diferentes proteínas recombinantes H2A, KMP11, HSP70, HSP83, H3, P2A, P2B e LILAP. As proteínas que apresentaram melhor resultado de sensibilidade e especificidade avaliados a partir da curva ROC-AUC, foram escolhidas e testados com os demais soros da população (90- positivos /39- negativos).A comparação entre os grupos foi realizado utilizando o teste T com comparação de médias, que posteriormente aos subgrupos foi aplicado o Teste de Kruskal Wallis e de Dunn’s com múltiplas comparações de média adquiridas a partir da densidade ótica-OD dos soros de cada grupo, utilizando um nível de significância de p<0,05 e IC- 95%. Resultados: As proteínas KMP11, HSP70 e HSP83 foram as que apresentaram melhores resultados de sensibilidade e especificidade quando testadas com os soros pertencentes ao screening utilizando soros de animais naturalmente infectados com Leishmania infantum chagasi com diferentes apresentações clinicas (n=38) e soros de cães infectados com E.canis (N=10). Estas proteínas foram testadas aos demais soros da população (N=129), onde foi observado elevado nível de acurácia do teste observados a partir da curva ROC-AUC, que posteriormente demonstraram diferença estatística (p<0,05). Conclusões: As proteínas escolhidas foram eficientes na detecção de soros de animais positivos para LVC apresentando diferentes sintomatologias clínica e distinção destes entre os animais negativos para a enfermidade, minimizando os falsos resultados.