Identificação molecular das leveduras do intestino de tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus)
Candida glabrata, Pseudozyma sp. Lulo P1, Ustilago cynodontis, probiótico
A produção de tilápia tem se destacado: pela facilidade de adaptação aos ambientes, pelo crescimento rápido e pelo sabor agradável da carne. Porém com desenvolvimento da piscicultura, a sanidade dos peixes deve ser controlada para aumentar o desempenho produtivo. Portanto, a nutrição é fundamental manter o equilíbrio da biota intestinal e consequentemente a saúde dos peixes. Deste modo, é importante conhecer as leveduras que compõe o microbioma gastroentérico dos organismos aquáticos para que esses micro-organismos e os componentes da sua parede celular possam ser utilizados posteriormente para difundir benefícios de saúde para peixes. De um modo geral, as leveduras têm sido utilizadas para: preparo de bebidas na indústria alimentar, produzir biomassa e obter substâncias diferentes com ação probiótica. Elas são organismos modelo nas técnicas de manipulação genética, pesquisa molecular e biológica. Pelo exposto, nesse trabalho objetivou-se isolar e identificar as leveduras do intestino de tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus) para tanto, foram adquiridas 20 tilápias (Oreochromis niloticus) com peso médio de 700 g, obtidas em dois ambientes produtivos do município de Piripiri, PI: Os intestinos foram divididos em três partes iguais das quais foram seccionados proporcionalmente fragmentos de 10 cm de cada parte, totalizando 60 amostras. A identificação molecular foi realizada pela reação de PCR e amplificação por NL1/NL4 e sequenciamento das regiões D1/D2 da subunidade maior do gene do rRNA. Foram caracterizados geneticamente nove isolados pertecentes às espécies Candida glabrata (5), Pseudozyma sp. Lulo P1 (1) e Ustilago cynodontis (3) isoladas nas amostras do intestino de tilápias do Nilo. As leveduras Pseudozyma sp. Lulo P1, U. cynodontis e C. glabrata possuem potencial para produção de substâncias biossurfactantes entretanto, a C. glabrata embora seja considerada como saprófita pode ser agente de enfermidades gastroentéricas em vertebrados.