A presente pesquisa consiste na análise do processo de construção das identidades culturais piauienses pela Revista Cidade Verde, objetivando a percepção de influências globalizantes na constituição das mesmas. E, ainda, se há um viés ideológico na representação de bens simbólicos com marca do caráter mercantilista da informação. Trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa sendo utilizado o método de Análise de Conteúdo por categorização temática visando, segundo Bardin (2011), à sistematização do conteúdo das mensagens de forma a permitir fazermos inferências de conhecimentos relativos às mesmas. Fundamentada nos teóricos, Warnier (2000); Laraia(1986); Cevasco (2003), Williams (1961); Fheatherstone (1997) com noções conceituais de cultura e identidade. Também juntam-se a estes Giddens (2003); Hobsbawm (1997); Hall (2005); Silva (2014); Said (2003) Castells (2002) e Ortiz (1991) com contribuições teóricas sobre Identidade Cultural à luz dos Estudos Culturais e sobreos “apontamentos da histórica cultural do Piauí” feito por Santana (2003); Albuquerque Júnior (2006); Gustavo Said (2003), Queiroz (1994); Dias (2014), entre outros. A avaliação crítica da Revista Cidade Verde enquanto fonte de informação respaldada em Cerigatto; Casarin (2017) mostrou que as identidades construídas representam um direcionamento para uma cultura com resquícios de uma política pautada na relação colonizador-colonizado, dado pelo viés ideológico que revela o caráter mercantilista da informação. Por outro lado, o resgate das tradições culturais dá às identidades um caráter fixo, que deve permanecer inabalável em suas matrizes históricas as quais representam.