Esta dissertação tem como objetivo analisar os discursos de ódio circulantes nas redes sociais, Instagram e Twitter, nos perfis do Movimento Brasil Livre (MBL), do, então, candidato Jair Messias Bolsonaro e do Partido dos Trabalhadores (PT) no segundo turno das eleições presidenciais, no Brasil, ocorrido no período de 07 a 28 de outubro de 2018. O problema de pesquisa define-se pela circulação de discursos de ódio nas redes sociais e a disseminação de conteúdo desinformativo. Nesse sentido, a pergunta que se faz é a seguinte: “como os discursos de ódio são produzidos, circulam e são consumidos simbolicamente?”. Utilizaremos como recurso metodológico a Análise de Discurso Crítica (ADC), com base em autores como Fairclough (2016), Resende; Ramalho (2004,2011), com base em categorias como ideologia, dominação, poder e hegemonia. Os objetivos específicos são observar o recrudescimento das ideologias e como elas aparecem nos discursos, identificar as estratégias enunciativas para viralizar o conteúdo do discurso de ódio nas redes sociais, pesquisar de que forma o discurso é apropriado nas práticas sociais midiáticas e disputas ideológicas, que buscam prender a atenção do seguidor formalizando uma ideia para ser aceita. O resultado final comprova nossas hipóteses centrais que afirma que os discursos de ódio são produzidos a partir da luta ideológica no campo dos embates políticos, portanto, configuram-se estratégias de luta pelo poder, que ganham representatividade nas redes sociais a partir das as eleições, provavelmente, a partir das eleições no Brasil em 2010, como consequência de dois fatores: a fragilidade do conhecimento crítico em densas camadas da população, e o uso massivo das tecnologias de disseminação de ideologias neofacistas e que agora ameaçam a estabilidade da frágil democracia brasileira.