Esta dissertação tem o objetivo de analisar um modo de fazer cobertura jornalística da pandemia da Covid-19 em programas radiofônicos de cinco emissoras universitárias federais do Brasil localizadas em diferentes regiões do país. O problema desta pesquisa parte de três perspectivas: o protagonismo do rádio no enfretamento da pandemia, a necessidade de estudos relacionados a atuação jornalística das rádios universitárias na internet e por último o papel desempenhado pelas emissoras universitárias ao contemplar diversificados gostos e públicos ao cobrir, falar e trazer conteúdos, assuntos e gêneros não abordados pela mídia hegemônica. A partir das discussões sobre rádios universitárias (DEUS, 2003), dos estudos sobre rádio na pandemia (ANGRINO, 2020), (FERRARETO; MORGADO, 2020), (SANCHEZ, 2020) e rádios universitárias na pandemia (PENA, 2021) fundamentou-se o papel e a atuação das emissoras vinculadas às universidades no combate ao novo coronavírus. Em seguida a outra base teórica da pesquisa concentrou-se nos conceitos de remediação (BOLTER; GRUSIN, 2000), Rádio na web (FERRARETO, 2014), radiojornalismo hipermidiático (LOPEZ, 2010) e gêneros e formatos radiofônicos (BARBOSA FILHO, 2009). O corpus é composto pela Rádio UNIFAP FM-(UNIFAP) representando a região Norte, Rádio Paulo Freire AM-(UFPE) o Nordeste, Rádio Universitária-(UFG), a região Centro-oeste, Rádio UFMG Educativa-(UFMG), o Sudeste e Rádio FURG FM-(FURG), a região Sul. O mapeamento e coleta de dados das rádios universitárias federais foi feita com os programas disponibilizados na internet referentes a Covid-19. Neste primeiro momento constatou-se que a cobertura jornalística da pandemia pelas emissoras universitárias tem sido desafiadora principalmente em questões tecnológicas, visto que ainda estão se adequando ao ambiente digital. Na última etapa deste trabalho será realizado um estudo com as cinco rádios universitárias federais a partir dos conteúdos jornalísticos identificados e a aplicação das fichas de investigação com as categorias de análise.