O estudo aborda a construção identitária da mulher negra piauiense por meio de uma
análise interseccional das edições da revista Revestrés que homenageia mulheres negras
piauiense. O objetivo geral da pesquisa é descrever como o conteúdo publicado nessas
edições traduz, sob a abordagem interseccional, a relação entre os marcadores de
diferença, raça e gênero na construção da identidade de mulher negra piauiense. A
abordagem interseccional busca compreender a complexidade das experiências de
opressão vivenciadas por mulheres negras. A fundamentação teórica envolve estudos
sobre, Identidades Babha (2007), Hall (2000, 2006), Representação Social Moscovici
(2015), Estudos Decoloniais Lugones (2005, 2014), Quijano (2005), Mignolo (2017) e
abordagens sobre Interseccionalidade, gênero, raça e racismo Davis (2016), Akotirene
(2019), Crenshaw (2004), Gonzalez (1988, 2018, 2020), Ribeiro (2017), Carneiro (2011),
Collins & Bilge (2016). Para alcançar esses objetivos, a pesquisa utiliza a análise de
conteúdo de Bardin como metodologia e tem como corpus a revista Revestrés. Essa
análise permitirá uma compreensão mais profunda do papel dessa publicação na
representação e construção identitária das mulheres negras piauienses, considerando os
aspectos interseccionais que permeiam suas vidas e experiências. Ao focar na revista
Revestrés e em suas homenagens às mulheres negras do Piauí, esse estudo contribui para
uma maior compreensão das representações, vivências e desafios enfrentados pelas
mulheres negras, destacando sua importância na luta contra o racismo e o sexismo. Além
disso, a abordagem interseccional proporciona uma perspectiva mais inclusiva e
abrangente, permitindo que se compreenda a interação complexa entre diferentes sistemas
de opressão que influenciam a identidade da mulher negra piauiense.