A interação de células derivadas do sangue periférico humano com bactérias probióticas pode estimular a produção de citocinas, quimiocinas e receptores essenciais para controle ou perpetuação da resposta inflamatória. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar a transcrição gênica de células dendríticas (DC) e monócitos após estímulo com probióticos. Para o estudo com monócitos periféricos humanos, cepas de Lactobacillus rhamnosus 32 (LR-32), Lactobacillus acidophilus 5 (LA-5) e Bifidobacteriumbifidum1622A (1622A) foram cultivados numa MOI (multiplicidade de infecção)de 1:10 em placas de 24 poços. Por sua vez, DC imaturas foram cultivadas com LR-32 e LA-5, podendo ou não estar em co-cultura com LPS de Escherichia coli numa MOI de 1:10 em placas de 24 poços. Foi realizada análise do sobrenadante por ELISA para detecção de citocinas pró-inflamatórias. A análise de expressão gênica foi realizada por RT- qPCR e para fazer a comparação dos grupos, foi realizado o cálculo do foldchange ((2^(- DeltaDeltaCt)). Teste de Tukey e um nível de significância p<0,05 foram adotados e a análise de dados foi realizada usando o software SAS (versão 9.0). Os níveis de proteína indicaram que DC desafiadas por LPS e infectadas com LA-5 apresentaram os maiores níveis de IL-1β e TNF-α no sobrenadante quando comparadas aos outros grupos (p<0.05). Da mesma forma, os níveis de TNF-α também foram estatisticamente significantes no sobrenadante de monócitos tratados com os probióticos em relação ao controle (p<0.05). Receptores Toll e NOD1 e NOD2 apresentaram baixa expressão gênica em monócitos tratados com LR-32.Houve diferença na transcrição das quimiocinas analisadas e TLR-2 foi superexpresso em monócitos após desafio com LA-5, LR-32 e 1622A. A expressão gênica de citocinas foi reduzida quando DC foram tratadas com LA-5 e LR-32. Para a família de genes MAPK, os resultados são cepa dependentes. Assim, concluímos que os probióticos analisados modulam citocinas e receptores de diferentes formas, de acordo com a cepa utilizada.