Comportamento e frequência cardíaca de indivíduos com paralisia cerebral frente ao atendimento odontológico: avaliação prospectiva
PACIENTES ESPECIAIS; PARALISIA CEREBRAL; FREQUENCIA CARDÍACA
RESUMO
A paralisia cerebral (PC) tem origem no mal desenvolvimento do cérebro com aspecto não progressivo ou decorre de uma lesão encefálica de natureza não progressiva, ocasionando o comprometimento em um ou em diversos membros do corpo. O objetivo do estudo foi monitorar os níveis da frequência cardíaca (FC) em pacientes com paralisia cerebral e que apresentam comportamento negativo ou positivo durante a consulta odontológica. Foram incluídos 74 indivíduos com PC de 1 a 14 anos. As variáveis principais estudadas foram comportamento do paciente com PC (Escala de Frankl) e frequência cardíaca. O comportamento foi avaliado durante a realização de profilaxia e a FC foi medida em cinco momentos (antes da consulta, ao sentar na cadeira odontológica, durante o exame clínico e profilaxia, e imediatamente após a realização do tratamento). Os testes estatísticos aplicados foram: Wilcoxon, Friedman e Mann-Whitney, ao nível de significância de 5%. A consulta odontológica foi decisiva em gerar e identificar o comportamento, por meio de escala comportamental, de indivíduos com PC e sua relação com mudanças fisiológicas, através da mensuração da frequência cardíaca. Os momentos de comportamento mais inadequado da consulta odontológica foram relacionados ao exame clínico e profilaxia, nos quais foram registradas as maiores médias da frequência cardíaca.