QUALIDADE DA ESCOVAÇÃO DENTÁRIA EM INDIVÍDUOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: ESTUDO CASO CONTROLE
Deficiência Intelectual; Escovação dentária; Higiene Oral; Saúde Bucal.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade da escovação dentária em indivíduos com deficiência intelectual (DI). Amostra consistiu de um grupo estudo (GE, crianças com DI – N=68) e um grupo controle (GC, escolares – N=68) pareados segundo gênero, idade e renda familiar. Um questionário socio-econômico-demográfico e outro de hábitos de higiene oral foram preenchidos pelos cuidadores. A técnica, posição adotada e o tempo de escovação dentária foram avaliados. Em seguida, Índice de Higiene Oral Simplificado (IHO-S) foi calculado usando evidenciador de placa dental (Replac, Dentisply, Rio de Janeiro, Brasil ®). Os dados foram tabulados no programa SPSS® versão 20.0 para Windowns®. O teste de Kolmogorov-Smirnov foi utilizado para verificar a normalidade de distribuição dos dados. Os testes Exato de Fisher e Qui-quadrado de Pearson (x2) foram aplicados para investigar a associação entre DI e qualidade da escovação dentária. A comparação da média para o tempo de escovação foi feita através do teste de Mann-Whitney. Idade e IHO-S médios foram calculados por meio do teste T de Student para amostras independentes. A idade média da amostra foi de 8,85 ± 3,34 anos. As mães foram responsáveis pela escovação em GE e estes geralmente não aceitam escovar. Entretanto, GE tem maior frequência diária de escovação quando comparados ao controle. Maioria de GE possui escovação mais adequada e a posição mais adotada foi o adulto de frente para a criança. GC teve menor tempo de duração da escovação e IHO-S maior. A escovação foi mais efetiva em indivíduos com DI quando comparados ao controle.