INTRODUÇÃO: Os primeiros anos de vida são um período crítico na saúde infantil e a etiologia de condições crônicas precisa ser rastreada precocemente. As diretrizes da Organização Mundial da Saúde sobre açúcares livres destacam os efeitos prejudiciais ocasionados pela ingestão excessiva e não recomendam a oferta para crianças antes dos dois anos de idade. OBJETIVO: Este estudo de base populacional tem por objetivo determinar a época e os fatores associados à introdução do açúcar na dieta da criança no primeiro ano de vida. MÉTODO: Serão acompanhadas díades mãe/bebê nascidas e residentes em Teresina, ao longo do primeiro ano de vida. Crianças separadas da mãe ao nascimento, com deficiência fendas lábio palatinas ou mães portadoras de condições que impeçam a amamentação e analfabetas serão consideradas não elegíveis. Após cálculo amostral, 1.088 díades serão selecionadas em maternidades, públicas e privadas, momento em que serão aplicados questionários socioeconômicos e antropométricos. As participantes responderão perguntas sobre hábitos alimentares e de higiene bucal dos bebês, trimestralmente, durante os 12 meses. A variável dependente época de introdução de açúcar será dicotomizada (> 1 ano e ≤ 1 ano) e analisada a associação com as variáveis independentes (idade e escolaridade materna, IMC pré-gestacional, primipararidade, tabagismo, classe social, renda e estrutura familiar, número de horas entre o nascimento e o início da amamentação, duração da amamentação exclusiva,uso de mamadeira, hábitos de higiene bucal e de sucção não nutritiva) por meio da regressão de Poisson com variância robusta. As variáveis com valor de p≤0,20 na análise bivariada serão incluídas na análise multivariada. Os resultados serão expressos por Razão de Prevalência (RP), com intervalo de confiança de 95% (IC95%), permanecendo no modelo final as variáveis com valor de p<0,05.