Este trabalho relata o desenvolvimento de um biossensor eletroquímico para
utilização em testes de verificação de compatibilidade genética entre
indivíduos. Utilizou-se um eletrodo de ouro, “made in home”, limpo, que
apresentou voltamograma característico. de ouro policristalino. Foram
imobilizados os linfócitos e testados com soros humanos positivos e negativos
e complementos sobre o eletrodo de ouro. Os experimentos foram realizados
em uma célula de três eletrodos: trabalho o eletrodo de ouro; referencia
Ag/AgCl em solução de KCl saturado; contra eletrodo placa de platina. A
técnica utiliza foi a voltametria cíclica. As medidas elétricas dos linfócitos
imobilizados sobre a superfície do ouro apresentou corrente anódica 1,78 µA
em aproximadamente 0,50 V vs. Ag/AgCl. As respostas eletroquímicas dos
soros (positivo e negativo) e do complemento não apresentam sinais oxidação
ou redução no intervalo de potencial medido. Os eletrodos com células e soro
positivo apresentou o sinal de corrente amplificado, no potencial de oxidação
das células. O eletrodo desenvolvido para verificação de compatibilidade
genética entre indivíduos, em uma análise qualitativa, apresentou-se eficaz
quando comparado com os métodos de análise citometria de fluxo e
citotoxidade dependente de complemento. Os resultados sugerem que o
biossensor eletroquímico pode ser empregado para tal aplicação.