O câncer de mama é o câncer mais frequentemente diagnosticado em mulheres em todo o mundo e é a principal causa de morte relacionada ao câncer neste grupo. Identificar novos alvos moleculares e potenciais para a terapia do câncer é o objetivo dos estudos atuais que visam diminuir os efeitos colaterais dos agentes quimioterápicos e superar a quimio-resistência. Evidências crescentes apoiam a complexidade da função do Nrf2 e NF-κB no câncer de mama, incluindo respostas inflamatórias, reprogramação metabólica, proliferação celular, senescência e sobrevivência. Além disso, sabe-se que as doenças benignas da mama são a causa mais comum de problemas mamários. A incidência dessas doenças benignas é cerca de 5 a 10 vezes maior do que o câncer de mama e dentre estas, o fibroadenoma é a mais comum. Contudo, até onde investigamos, não encontramos estudos na literatura comparando a expressão imunoistoquímica do Nrf2 e NF-κB entre carcinoma mamário e fibroadenoma, o que nos levou à concepção do presente estudo. Esta tese foi estruturada em dois capítulos. No capítulo I foi realizada uma vasta revisão bibliográfica dos mais recentes estudos sobre o papel do Nrf2 e NF-κB no câncer de mama. O capítulo II avaliou a expressão de Nrf2 em 30 mulheres com câncer de mama (grupo A) e 36 com fibroadenoma (grupo B). No estudo microscópico, houve maior concentração de células com núcleo corado para Nrf2 no grupo caso em comparação ao controle. A proporção média de células coradas com anti-Nrf2 foi 40.99 % e 7.12%, nos grupos caso e controle, respectivamente (p<0.0001). Estes resultados mostram que a expressão do Nrf2 foi significantemente maior no câncer de mama em comparação ao fibroadenoma relacionando a expressão do Nrf2 com um maior risco para carcinoma mamário.