A doença de Alzheimer (DA) é um distúrbio neurodegenerativo onde o prejuízo da memória é o sintoma inicial e mais
significativo da DA. Agentes nootrópicos como piracetam, e inibidores da colinesterase como donepezil estão sendo
usados para melhorar a memória, o humor e o comportamento, mas os efeitos colaterais associados a esses agentes
tornaram seu uso limitado. O presente estudo foi realizado para investigar os efeitos do óleo essencial de Lippia sidoisdes
Cham. (OELs) na aprendizagem e memória em camundongos por meio de protocolos de atividade nootrópica e
antiaminésica. O óleo essencial de L. sidoides foi extraído por 4hs por sistema de hidrodestilação utilizando-se um
extrator Clevenger. O OELs foi analisado por CG/MS apresentando em sua composição os compostos majoritários 1,8-
cineol (45,66%), timol (15,04%) e α-terpineol (7,97). Na avaliação in vitro da acetilcolinesterase obteve-se um a CI 50 de
0,5713 ± 0,115mg/ mL. A seguir foram realizados os testes de avaliação nootrópca e antiaminésica. Foram utilizados
neste estudo camundongos albinos Swiss machos (3 meses de idade) pesando cerca de 35 ±10 g obtidos do biotério do
CCA que foram divididos em 7 grupos (n= 6). No primeiro momento quatro grupos foram avaliados apenas com os
tratamentos, OELS (100 e 200 mg/Kg v.o), Piracetam 200 mg/Kg (i.p) e Veículo (salina e tween 80 0,5% v.o) por 7 dias.
Do 8º dia ao 14º dia foram realizados os protocolos comportamentis para avaliar a a tividade nootrópica, sendo o
piracetam (200 mg / kg ip) utilizado como agente nootrópico padrão. Em seguida outros 3 grupos foram tratados de
forma igual e do 8º dia ao 14º dia esses animais foram induzidos aminésia com escopolamina (2mg/Kg i.p) antes de cada
teste. No 15º os animais foram eutanasiados com sobredose de anestésico. O aparato de campo aberto foi utilizado para
avaliar se o OELS reduziria a atividade locomotora e assim prejudicaria os protocolos posteriores. O labirinto em cruz
elevado (LCE), e o aparelho de esquiva inibitória serviram como modelos comportamentais exteroceptivos, a tarefa de
Reconhecimento de objeto Novo (RON) foi utilizada para avaliar a memória de reconhecimento. O OELS não afetou a
atividade locomotora dos animais. Na avaliação nootrópica o OELS apesar de ter diminuido a latência de transferência
(LT) no LCE e aumentado a latência de descida na esquiva inibitória esse resultado não foi considerado uma melhora
significativa da memória espacial e aversiva quando comparado com o grupo veículo normal, e no RON o OELS
apresentou uma melhora significativa no índice de discriminação entre objeto novo e familiar. O pré-tratamento com o
OELs 100mg/Kg reverteu significativamente a amnésia induzida pela escopolamina (2 mg / Kg, ip) na memória aversiva
com diminuição da latência de escape. Porém a LTR não foi diminuída significativamente. Na tarefa de RON o
desempenho do OELs não pôde ser avaliado, pois o protocolo de aminésia não foi estabelecido. Com esses resultados
observamos que o óleo exerceu um bom desempenho, no entanto há necessidade de repetir os testes de avaliação do
efeito antiaminésico, para um resultado mais fiel dos dados, e avaliar o efeito do OELs os parâmetros bioquímicos dos
marcadores enzimáticos colinérgicos, do estresse oxidativo e da inflamação envolvimentos nos processos
neuroprotetores.Lippia sidoides. 1,8-cineol. Cognição. Anticolinesterásico. antiaminésico