Introdução: O transtorno do espectro do autismo (TEA) é um transtorno grave do neurodesenvolvimento definido por déficits sociais e de comunicação e comportamentos repetitivos ritualísticos que são tipicamente detectáveis na primeira infância. Objetivo: Investigar aspectos comportamentais de crianças com TEA. Métodos: Foram realizados dois estudos acerca dos aspectos comportamentais de crianças com TEA O primeiro foi um estudo observacional sobre apatia e interação social entre crianças com TEA. O estudo ocorreu em um centro de reabilitação em uma cidade do nordeste brasileiro utilizando questionário de apatia e questionário Social Communication Questionnaire (SQC), além de um sociodemográfico. O segundo estudo foi uma intervenção com crianças e adolescentes que tinham sintomas de comportamentos sexuais aberrantes de hipermasturbação. Foi realizada intervenção em ensaio clínico aberto não controlado de 4 semanas com uso de fluoxetina na dose de 20 mg/dia para verificar eficácia na redução dos sintomas. Para tanto, foi utilizado o Inventário de Comportamentos Sexuais da Criança (CSBI) e o questionário de ansiedade de Beck. Em ambos os estudos, um teste-t independente foi aplicado com intervalo de confiança de 95% e p<0,05. Resultados: No primeiro estudo, foram entrevistados 51 pais/responsáveis de crianças autistas com idade média de 8,8 anos (±2,95). As crianças que usavam risperidona apresentavam uma pontuação maior na escala SCQ (p=0,049) e no domínio de comportamentos estereotipados (p=0,033). Já as crianças que não possuíam a presença dos
pais casados apresentavam uma maior média de comportamentos estereotipados quando comparadas àquelas que possuíam pais casados (p=0,019). No segundo estudo identificamos que a intervenção com fluoxetina foi eficaz na redução da pontuação média antes e após a intervenção nos comportamentos sexuais aberrantes de p=0,0002. 2 Conclusão: Em nossa pesqusia pudemos observar aspectos comportamentais de crianças com TEA Encontramos que crianças que cresciam sem a presença de ambos os pais possuíam um maior escore de comportamentos estereotipados. Outro aspecto comportamental nesse estudo foi o comportamento sexual aberrante e de hipersexualidade ao qual mostrou redução significante com o uso da fluoxetina.