Bebidas energéticas são produtos não alcoólicos que tradicionalmente contêm cafeína, taurina e vitaminas, mas há uma tendência crescente para versões com ingredientes naturais. A cajuína, uma fonte natural de energia, rica em nutrientes, sua utilização no desenvolvimento de bebidas energéticas é destacada como uma opção mais saudável em comparação com bebidas convencionais, devido à sua ausência de aditivos artificiais e açúcares refinados, além de proporcionar um sabor característico. Este estudo procurou investigar as propriedades das bebidas energéticas naturais através de uma prospecção cientifica, bem como das bebidas energéticas desenvolvidas e depositadas em bases de patentes nos últimos 20 anos, além de desenvolver uma à base de cajuína. Inicialmente foi realizada uma busca avançada nas bases de dados científicas SciElo, PudMed, Web of Science, utilizando o termo de busca “Energy Drink AND Natural”, e nas bases de patentes EPO, WIPO, USPTO e INPI, utilizando a palavra-chave “Energy Drink”. Para a obtenção das preparações foi realizado um planejamento fatorial 32 para a obtenção das 9 preparações. Em seguida, elas foram submetidas a análises de pH, ºBrix, Acidez Titulável e de Textura. As preparações selecionadas foram então submetidas ao controle de qualidade microbiológico e, posteriormente, a análise sensorial de intenção de compra. Utilizando métodos de prospecção científica e tecnológica, foram identificadas 122 patentes recentes nesse campo, com o Brasil liderando os depósitos. Análises de planejamento fatorial revelaram que a cajuína, água gaseificada e a combinação dos dois afetaram significativamente as propriedades das preparações (ATT, o ºBrix, ratio, firmeza, viscosidade e coesividade). Das nove formulações desenvolvidas, duas (ECaj 6 e ECaj 7) se destacaram pelos melhores parâmetros de pH (2,83 e 3,7) e acidez titulável (11,35 ± 0,2 e 12,84 ± 0,4). Microbiologicamente, os resultados mostraram que ECaj 6 e ECaj 7 são seguros. Esses resultados permitem que o foco seja feito em qualidades adicionais, como sabor e aceitação do consumidor. A análise sensorial revelou que não há diferenças estatisticamente significativas na intenção de compra dos produtos com base no sexo ou idade dos participantes. Esse estudo também destaca o aumento global de patentes relacionadas a bebidas energéticas e demonstra a viabilidade de preparações energéticas à base de cajuína, mantendo valores de pH e acidez dentro dos padrões desejados. As análises microbiológicas demonstraram a segurança das amostras. Por fim, a análise sensorial revelou que quanto a intenção de compra, não houve diferenças significativas tendo como parâmetro o sexo e a faixa etária dos participantes.