Avaliação das atividades antioxidantes, toxicológicas e genotóxicas do ferulato de isopentila
Ácido ferúlico. Antioxidante. Genotoxicidade. Toxicidade.
Os fenilpropanóides são compostos que possuem promissoras atividades biológicas, por isso, pesquisas envolvendo as suas atividades farmacológicas e toxicológicas podem ser de grande interesse para as indústrias farmacêuticas, para avaliação da segurança e reconhecimento como recurso terapêutico benéfico. Dentre os fenilpropanóides, o ácido ferúlico é um ácido onipresente no reino vegetal, que apresenta efeitos terapêuticos contra diversas patologias. A maioria dos efeitos benéficos podem ser atribuídos à sua forte ação antioxidante. O presente estudo teve como objetivo a avaliação do ferulato de isopentila quanto às suas atividades protetoras, antioxidantes e de reparo de danos oxidativos induzidos pelo peróxido de hidrogênio, em Saccharomyces cerevisiae, bem como seus efeitos toxicológicos e genotóxicos, em camundongos. Foi realizada uma prospecção tecnológica e científica da capacidade antioxidante e genotóxica dos fenilpropanóides. As capacidades protetoras, antioxidantes e de reparo do ferulato de isopentila foi testada frente aos danos oxidativos causados pelo peróxido de hidrogênio, em S. cerevisiae proficiente e mutadas em defesas enzimáticas para superóxido dismutase citoplasmática e mitocondrial, duplo mutante, bem como para catalase, nas concentrações 0,30 g/mL, 0,20 g/mL, 0,15 g/mL e 0,10 g/mL. Foi avaliada a toxicidade aguda após a administração do derivado ferulato em camundongos tratados com doses únicas (1000, 2000 e 3000 mg/kg) por via oral e (1000, 1500 e 2000 mg/kg) por via intraperitoneal. A genotoxicidade foi testada pelas frequências e índices de danos ao DNA, com o ensaio cometa nas doses de 1500 mg/Kg e 3000 mg/Kg, por via intraperitonial e oral, respectivamente. A maioria dos trabalhos publicados, foi na forma de artigos científicos, e uma pequena fração na forma de depósito de patentes. O ferulato de isopentila apresenta atividades protetoras, antioxidantes e de reparo de danos oxidativos induzidos pelo peróxido de hidrogênio para as concentrações usadas e linhagens de S. cerevisiae testadas. A administração aguda das doses citadas de derivado ferulato, induziu modificações fisiológicas em camundongos machos e fêmeas, porém não interferiu na atividade locomotora dos animais. A administração das mesmas doses em camundongos machos, não interferiu nos parâmetros bioquímicos e hematológicos. A DL50 para a via intraperitoneal foi de 1.494,54 mg/kg em camundongos (machos e fêmeas); por via oral não foi possível determinar a DL50, pois nenhum animal morreu com as doses testadas. O ferulato de isopentila, após 24 horas da administração, apresentou genotoxicidade nas células de sangue periférico e medula óssea de camundongos, evidenciada tanto pelo índice, como pela frequência de danos ao DNA, mas pode acontecer reparo dos danos evidenciados. As atividades protetoras, antioxidantes e de reparo de danos oxidativos, a toxicidade aguda tolerada e genotoxicidade possível de reparo, em células eucarióticas são promissoras para o uso farmacológico do ferulato de isopentila.