O estudo visa implantar o Antimicrobial Stewardship Program (ASP) na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e avaliar seu impacto em termos clínicos, microbiológicos e econômicos. Metodologia: O estudo é prospectivo e quase-experimental, realizado na UTIN III da Maternidade Dona Evangelina Rosa, com 10 leitos e uma taxa de ocupação de 98%. Inclui recémnascidos com diagnóstico suspeito ou confirmado de infecção e em uso de antibioticoterapia, excluindo aqueles sem desfecho clínico até o final do estudo. Discussão: O diagnóstico situacional mostrou que apenas 20,59% dos elementos essenciais do ASP foram implementados, destacando a falta de apoio da liderança e ausência de componentes prioritários. A incidência de infecções P A G confirmadas por cultura é baixa, mas a taxa de uso de dispositivos que predispõem a infecções. Os antibióticos de amplo espectro, como meropenem e vancomicina, têm os maiores DOTs (dias de terapia), e a classificação AWaRe mostra uma alta utilização dos antibióticos de vigilância. Foram registrados 11 óbitos entre os 57 pacientes estudados, com uma alta taxa de mortalidade entre recém-nascidos extremos menores que 1000g. Os gastos com antimicrobianos de alto, como meropenem, vancomicina e anfotericina B, são significativos, destacando a necessidade de uso prudente. Conclusão: A necessidade de implantação de Antimicrobial Stewardship Program (ASP) na UTIN III mostrou-se essencial para melhorar o uso racional de antimicrobianos, reduzir a resistência microbiana e otimizar os desfechos clínicos e econômicos. A implementação de estratégias coordenadas e a educação continuada da equipe são cruciais para o sucesso do programa.