A Retocolite Ulcerativa é uma enfermidade definida por uma inflamação crônica que compromete exclusivamente a mucosa colorretal, gerando o aparecimento de hiperemia, friabilidade, erosão ou úlceras superficiais e lesões que se localizam no reto, em praticamente todos os doentes, com possibilidade de acompanhamento dos segmentos cólicos, de forma contínua. O objetivo geral do trabalho foi realizar uma busca ativa, através do estudo de prontuários médicos arquivados de outubro/2004 até julho/2016, de reações adversas aos medicamentos utilizados no tratamento da Retocolite Ulcerativa (RCU) em pacientes que utilizam ou utilizaram o serviço do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI). A pesquisa foi feita a partir de um estudo retrospectivo, observacional, iniciado em 2015 que buscou identificar e notificar as reações adversas aos medicamentos (RAMs) utilizados no tratamento da RCU de uma coorte de 220 pacientes portadores desta doença, que tinham seus prontuários arquivados no serviço de regulação do HU-UFPI. Foram feitas 79 notificações de suspeitas de RAMs ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (NOTIVISA-ANVISA) em site próprio sendo registrado nessas notificações 113 possíveis reação adversas a medicamentos. Os fármacos suspeitos de causar RAMs nos portadores de RCU foram: sulfassalazina, mesalazina, prednisona, azatioprina, Infliximabe, duloxetina, isoniazida, ferro elementar e clonazepam. Houve 1 reação adversa suspeita para a sulfassalazina, 72 para a mesalazina, 36 para a azatioprina, 10 para a prednisona, 1 para o Infliximabe, 3 para duloxetina, 1 para isoniazida. 1 para ferro elementar e 1 reações suspeitas para clonazepam. Das 79 notificações feitas ao NOTIVISA-ANVISA, até o momento, 3 foram consideradas como “Concluída”, 20 notificações estão com a classificação como “Enviada” e 56 estão como “Em agrupamento”, classificações que o Sistema de Notificação faz para as reações suspeitas investigadas.