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Banca de QUALIFICAÇÃO: MAIZA LACERDA BARBOSA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MAIZA LACERDA BARBOSA
DATA: 01/08/2018
HORA: 09:00
LOCAL: Sala de Aula do Núcleo de Tecnologia Farmacêutica – NTF / UFPI
TÍTULO: Estudo toxicogenético da fluoxetina e de sua associação com as vitaminas antioxidantes
PALAVRAS-CHAVES: Fluoxetina. Estresse oxidativo. Antioxidantes. Genotoxicidade. Mutagenicidade.
PÁGINAS: 105
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:

A depressão é uma doença que há séculos acomete a humanidade. Hoje, ela é a doença psiquiátrica mais comum que existe, tornando-se um problema de saúde pública, atingindo todas as faixas etárias e classes sociais. O estresse oxidativo pode estar envolvido no desenvolvimento desta patologia, pois o cérebro é muito sensível a danos oxidativos. Os alimentos antioxidantes são protetores das células, pois atuam regulando o desequilíbrio entre oxidantes/ antioxidantes que pode ser o desencadeador de eventos
patológicos possivelmente envolvidos em processos carcinogênicos e neurodegenerativos. A fluoxetina é um antidepressivo amplamente utilizado e há poucos estudos sobre a associação desta com antioxidantes. O capítulo I apresenta uma revisão sistemática que objetivou correlacionar os marcadores bioquímicos e moleculares do estresse oxidativo e da defesa antioxidante com distúrbios depressivos por meio da avaliação de estudos clínicos obtidos das bases de dados PubMed, Scielo, BVS, Medline e Scopus com os descritores [depressive disorders], [oxidative stress], [vitamin antioxidants], [ascorbic acid], [vitamin C], [retinol
palmitate], [vitamin A] e [depression] sozinhos ou combinados entre si. Diversos marcadores de danos oxidativo que atingem as biomoléculas como DNA, RNA, proteínas e lipídios e marcadores de defesa antioxidantes foram analisados em 30 artigos que obedeceram aos critérios de inclusão deste estudo (8-OHdG, 3-NT, PCC, F2-Iso, 4-HNE, 8-Iso, MDA, SOD, CAT, GPx e vitaminas A e C). Alguns estudos não encontraram diferenças significativas desses marcadores entre pacientes e controles, mas o viés de tamanho de amostra pode ter comprometido o resultado destes, pois a maior parte dos estudos avaliados nesta revisão
encontrou significância entre esses biomarcadores. Assim, há muitas perspectivas para o desenvolvimento de novas pesquisas que possam esclarecer a relação desses marcadores com distúrbios depressivos. O capítulo II avaliou os efeitos oxidativos da FLU e a possível modulação de danos por meio de sua associação com as vitaminas antioxidantes ácido ascórbico e palmitato de retinol no
ensaio com Saccharomyces cerevisiae. A FLU (20 e 10 µg/mL) induziu danos oxidativos em todas as linhagens testadas no pré e co-tratamento em linhagens proficiente e deficientes em defesas antioxidantes de S. cerevisiae (EG118, EG110, EG133 e EG103), incubadas em estufa a 30ºC +/- 1°C por 48hs. As vitaminas antioxidantes ácido Ascórbico (AA) a 2 µMol, palmitato de retinol (PR) a 100UI/mL modularam significativamente os danos induzidos pela droga, principalmente na menor dose testada e em associação com o AA isolado, apontando seus efeitos protetor e antioxidante. Como há a previsão de aumento de distúrbios depressivos mundialmente, terapias antioxidantes podem surgir como alternativa para reduzir os danos oxidativos e toxicogenéticos causados por essa droga, assim mais pesquisas devem ser realizadas para entender o envolvimento de antioxidantes na proteção destes danos.

O capítulo III objetivou avaliar os efeitos toxicogenéticos da fluoxetina e os efeitos de sua interação com as vitaminas antioxidantes AA e PR num modelo de depressão induzida em camundongos Mus musculus. Camundongos machos foram tratados por 7 dias, via
intraperitoneal, com FLU nas doses de 10 e 20 mg/Kg, isoladas e associadas ao AA 2µM/Kg e PR 100 UI/Kg. A indução da depressão foi feita com reserpina 2mg/Kg. No teste de campo aberto a associação de FLU com as vitaminas AA e PR foi eficiente na menor dose testada e aumentou do número de cruzamentos. No nado forçado, o tratamento com as vitaminas antioxidantes reduziu o tempo de imobilidade, mas não houve diferença estatística entre os outros grupos, assim como o teste de suspensão da
cauda. A FLU induziu genotoxicidade e mutagenicidade nas duas doses testadas e estas foram reduzidas com a associação das vitaminas. Não foram encontradas alterações significativas no perfil bioquímico e hematológico dos camundongos, com exceção dos níveis de ALT e leucocitose, respectivamente. As vitaminas antioxidantes melhoraram o tratamento antidepressivo evidenciado
nos testes comportamentais e reduziram a quantidade de danos ao DNA induzidos pela FLU. Apesar desses resultados, mais estudos são necessários para esclarecer a relação entre as vitaminas antioxidantes e fármacos antidepressivos como estratégia na redução de danos toxicogenéticos causados por esses medicamentos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 130.036.743-15 - ANA AMELIA DE CARVALHO MELO CAVALCANTE - UFPI
Interno - 1731057 - JOAO MARCELO DE CASTRO E SOUSA
Externo à Instituição - MANOEL PINHEIRO LUCIO NETO - FSA
Notícia cadastrada em: 31/07/2018 09:21
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