O estudo teve como objetivo investigar os efeitos farmacológicos de um oligopeptídeo rico em prolina denominado BPP- BrachyNH2 sobre o controle metabólico, estresse oxidativo e atividade antioxidante em modelo experimental de diabetes tipo 2 (DM2). O DM2 foi induzido em ratos Wistar machos através da oferta de uma ração hiperlipídica e normoprotéica combinada com a administração de uma baixa dose estreptozotocina (30 mg/kg, i.p., peso corporal). Posteriormente, os animais foram tratados com diferentes doses de BPP-BrachyNH2 (0,25, 0,50, 1,00, mg/kg, s.c,) durante quatro semanas. Ao final do tratamento foram investigados: efeito no peso dos órgãos, glicemia sérica, hemoglobina glicada (HbA1c) e marcadores de estresse oxidativo teciduais em homogenato de arco aórtico: Mieloperoxidase (MPOt); Nitrito (NO2 -t); Superóxido Dismutase (SODt) e Catalase (CATt). Em relação ao peso dos órgãos dos animais, não foi possível observar diferença estatísticas entre a média de peso do pâncreas, fígado, coração e arco aórtico nos grupos tratados com as diferentes doses de peptídeo. Os parâmetros bioquímicos, o BPP na dose de 0,25 mg/kg promoveu redução nos valores de glicemia de jejum (328,3±16,3 mg/dL), hemoglobina glicada (6,63±0,18 %) e frutosamina (0,98±0,06 μmol/L) em comparação ao controle diabético, respectivamente, 564,4±18,8 mg/dL; 7,98±0,21% e 1,89±0,050,98±0,06μmol/L, resultados opostos foram encontrados para o controle diabético quando este foi comparado ao controle normal, respectivamente, 88,1±5,7 mg/dL; 4,24±0,07 % e 0,97±0,04 μmol/L. O BPP na dose de 1,00 mg/kg (367,6±24,6 mg/dL) reduziu os valores de glicemia em jejum dos animais comparado àqueles que não receberam tratamento. Já para o perfil lipídico, não foram observadas diferenças significativas entre os grupos experimentais. Na avaliação de estresse oxidativo e efeito antioxidante, em homogenato de arco aórtico, observou-se que o tratamento com BPP 0,25 mg/kg promoveu redução de NO2 - t (12,76±2,56 mM/g) em comparação aos animais diabéticos não tratados (23,46±2,72 mM/g). O tratamento não promoveu alteração significativa nos valores de MPOt, mas animais diabéticos (0,074±0,009 U/g) apresentaram aumento significativo nos níveis de MPO em comparação ao grupo controle não diabético (0,031±0,003 U/g). A dose de 0,50 mg/kg (67,52±9,38 U/g) promoveu aumento significativo nos valores de SODt em relação ao controle diabético P A G (41,45±3,83 U/g), este mesmo grupo apresentou redução na expressão quando comparada ao controle normal (66,87±3,27 U/g). Em relação a atividade de CATt, o BPP 1,00 mg/kg (13,53±1,97 mM/min.mg) aumentou a atividade desta enzima em comparação ao controle diabético (7,25±0,52 mM/min.mg), sendo observado uma redução de atividade tecidual dos animais diabéticos em comparação com os aqueles não diabéticos (13,53±1,09 mM/min.mg). Assim, pode-se concluir que o modelo experimental utilizado foi efetivo para a indução de DM2 e o tratamento com BPP, principalmente na dose de 0,25 mg/kg, conseguiu promover