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Banca de DEFESA: ANGELICA GOMES COELHO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANGELICA GOMES COELHO
DATA: 22/01/2015
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório do Curso de Farmácia
TÍTULO:

Lippia origanoides H.B.K.: Obtenção do extrato padronizado, avaliação do efeito hipotensor e desenvolvimento de comprimidos.


PALAVRAS-CHAVES:

Plantas Medicinais, hipertensão, HPLC, formulação farmacêutica, toxicidade.


PÁGINAS: 120
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
SUBÁREA: Análise e Controle de Medicamentos
RESUMO:

Lippia origanoides H.B.K. (Verbenaceae) é um arbusto aromático utilizada popularmente para o tratamento de doenças respiratórias e gastrointestinais. O uso da tintura das folhas de L. origanoides com aplicação no tratamento da hipertensão arterial foi reivindicado através da patente PI 9305413-0A, depositada no Brasil, mas sem nenhuma evidência científica de eficácia e segurança desta aplicação. Desse modo, este estudo visa obter um extrato padronizado das partes aéreas de L. origanoides, bem como seu perfil cromatográfico por UFLC, além de avaliar seu potencial como agente hipotensor e propor uma formulação na forma de comprimidos contendo o extrato por planejamento fatorial 23. Para tanto, foram preparados 8 sistemas de extração, em triplicata, variando-se os fatores:  Solvente (etanol ou etanol/água (1:1)), sonicação (+ ou -) e troca de solvente (diária por três dias ou a cada três dias, por nove dias), sendo as massas secas dos resíduos utilizadas como parâmetro de análise para comparação entre os rendimentos. O perfil cromatográfico do extrato hidroalcoólico (Lo-EHA), bem como a identificação e quantificação da substância marcadora naringenina, foram obtidos através da análise por cromatografia líquida ultra-rápida (UFLC), acoplada a um detector UV. Para avaliação do potencial hipotensor de Lo-EHA, realizou-se medida direta da pressão sanguínea em ratas Wistar após administração intravenosa de Lo-EHA (12,5, 25 e 50 mg/kg), sequencial ou não ao pré-tratamento com L-NAME (20 mg/kg, i.v.).  Além disso, avaliou-se o efeito hipotensor após administração oral a ratas (100 mg/kg e 200 mg/kg), através da medida indireta da pressão arterial sistólica pelo método de pletismografia de cauda. Para o desenvolvimento dos comprimidos, Lo-EHA (50 mg) foi acrescido a oito formulações determinadas por planejamento fatorial, variando-se o diluente (celulose ou babaçu), a presença do aglutinante e a porcentagem de lubrificante. Os comprimidos foram avaliados quanto às suas características organolépticas, peso médio, friabilidade, dureza, tempo de desintegração, perfil de dissolução e teor, utilizando os parâmetros da Farmacopeia Brasileira V. Foi também realizado o ensaio de toxicidade aguda seguindo-se o método de classes do Guia 423 da OECD. Assim, o rendimento da extração foi 4,6 vezes maior com solvente hidroalcoólico que com o solvente etanólico e de modo independente da ocorrência de sonicação e do tempo de extração. A análise por UFLC confirmou a presença do marcador naringenina no Lo-EHA, na concentração de 3,73 g%. A administração do extrato por via intravenosa promoveu efeito hipotensor significativo nas três doses testadas seguido de efeito bradicárdico. Após o pré-tratamento com L-NAME, o efeito hipotensor foi acentuado nas doses 25 e 50 mg/kg, seguido de bradicardia em todas as doses, indicando que este efeito provavelmente não envolve a ativação da enzima NO sintase. Após administração por via oral nas doses de 100 mg/kg e 200 mg/kg, foi observada resposta hipotensora pronunciada a partir de 60 e 90 minutos em relação ao grupo controle, com duração de efeito de 270 e 300 minutos, respectivamente. Quanto aos comprimidos desenvolvidos, os lotes contendo babaçu foram aprovados em todos os ensaios de controle de qualidade ao passo que os lotes com celulose foram reprovados no ensaio de desintegração, por apresentarem tempo de desintegração superior a 30 minutos. No ensaio de toxicidade aguda, não foram identificados sinais de toxicidade e a DL50 para o extrato categorizou-se como indeterminada. Dessa forma, o extrato padronizado de L. origanoides apresenta potencial farmacológico para o desenvolvimento de fitoterápicos com aplicação no tratamento da hipertensão arterial.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2617696 - ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
Presidente - 1167257 - ANTONIA MARIA DAS GRACAS LOPES CITO
Interno - 749.351.783-53 - JOAQUIM SOARES DA COSTA JUNIOR - IFPI
Interno - 1350350 - MARIA DAS GRACAS FREIRE DE MEDEIROS
Notícia cadastrada em: 07/01/2015 15:46
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